Os agricultores estão no centro da crise climática. São os que mais sofrem com os impactos das alterações e podem contribuir substancialmente para a resiliência e a mitigação, mas são frequentemente marginalizados na elaboração de políticas climáticas.
Esta será uma das principais abordagens debatidas no próximo domingo, dia 10, na COP28.
A agenda do dia será praticamente voltada a painéis que vão contemplar a atividade agrícola e, é claro, o agro brasileiro com suas ações.
Diante das mudanças climáticas, o agronegócio brasileiro estará em destaque na COP28.
A CNA, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, enviou um documento para a COP28 com recomendações sobre o Balanço Global, que é uma avaliação de tudo o que está sendo feito para alcançar as metas climáticas.
O documento defende o reconhecimento e a recompensa do esforço do agronegócio brasileiro na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Em entrevista ao Canal Rural, o coordenador de sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, afirmou que o agronegócio brasileiro é a solução para o alcance das metas climáticas.
Ele destacou que o setor tem investido em aumento de produção e em qualidade de produção, garantindo a segurança energética, a segurança alimentar e a segurança climática.
Ananias também ressaltou que o agronegócio brasileiro já está cumprindo metas climáticas há pelo menos 10 anos, com o Plano ABC+, e há pelo menos 50 anos, com os códigos florestais mais rígidos do mundo.
“O que precisamos é mais transparência para que todo esse esforço seja reconhecido, recompensado e talvez até remunerado”, disse Ananias.
O agronegócio brasileiro é um dos setores mais importantes da economia do país. Em 2022, o setor representou 27,4% do PIB brasileiro e gerou 22,2 milhões de empregos.
O Canal Rural acompanha a COP28 com apoio de Portos do Paraná, OCB, CNA/Senar e ApexBrasil