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Embora a oferta global de açúcar ainda seja abundante, traders estão preocupados com o impacto do acidente sobre os embarques no porto.
– O açúcar em si é a menor das preocupações. Eles não vão embarcar açúcar daquele terminal tão cedo. A perda da Copersucar vai complicar consideravelmente a logística – disse o trader Phil Pia, do Grupo Andrade.
Os embarques de açúcar devem sofrer atrasos, disse Rodrigo Correa da Costa, diretor comercial da empresa de ingredientes alimentícios Tangará Foods.
– Principalmente quando já existem tantos problemas [de infraestrutura] no Brasil – destacou.
O incêndio no terminal da Copersucar acabou afetando operações próximas. Um terminal de açúcar próximo ao da Copersucar e operado pela Rumo ficou fechado por várias horas por questões de segurança.
Em 1º de outubro, a Louis Dreyfus Commodities acertou o recebimento físico de cerca de 1,49 milhão de toneladas de açúcar em cumprimento a contratos futuros da Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Dois terços desse montante deveriam ser entregues através do Porto de Santos, e participantes do mercado disseram que a Copersucar não tinha parte do açúcar.
Incêndios em instalações de armazenamento de açúcar são raros porque as empresas adotam medidas extras de precaução no manuseio do produto, que é explosivo e altamente inflamável.
Por conta do incêndio, os preços futuros do açúcar subiram 2,63% na ICE e fecharam a 19,50 cents por libra-peso,o maior nível desde 2 de janeiro.