A decisão era esperada pela maioria dos analistas financeiros que todas as semanas são consultados pela pesquisa Focus do BC. Alguns torciam, inclusive, por uma redução mais ousada, para 7,75%, por entenderem que o cenário atual, de inflação em queda e atividade econômica fraca, cria condições favoráveis para o BC afrouxar, tanto quanto possível, a política monetária.
A taxa Selic caiu 4,5 pontos percentuais nas oito reuniões que o Copom realizou do final de agosto de 2011 até esta quarta, o que resulta em uma queda de 36%. Essa redução, porém, não foi acompanhada na mesma proporção pelo sistema financeiro nacional (SFN), em que pese a determinação governamental, no último mês de abril, para que os bancos oficiais baixassem seus juros como forma de estimular os bancos privadas a fazerem o mesmo.
Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo mostra que, com base nos dados dos sete maiores bancos do país, mesmo considerando as reduções feitas pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, os juros nos bancos caíram muito pouco nos últimos 12 meses: 6,30% na taxa média mensal do empréstimo pessoal, que estava em 5,50% no mês passado, e 12,55% na taxa média do cheque especial, que era 8,36%. Esta é mais alta, em um mês, do que a Selic anual.