A inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, aconteceu há exatos 60 anos. De acordo com o governo do estado, foi um acontecimento, embora muitos daqueles que já moravam na cidade, bem como parte do resto do país, não acreditassem que aquela ousadia ou “loucura” do então presidente Juscelino Kubistchek, não fosse dar certo, mas deu.
A data de seu nascimento, não foi coincidência: marcava o dia da morte de Tiradentes, um dos líderes mineiros que defendeu a independência do Brasil no século XVIII. “O simbolismo ajudou a fortalecer em Brasília o ideal de liberdade de um povo e a coragem de uma nação, associando a inauguração à ideia de independência e rendendo homenagem aos inconfidentes que haviam sonhado com um Brasil livre”, afirmou o governo do Distrito Federal.
Segundo dados do Censo daquele ano, a população da nova capital girava em torno de 140 mil pessoas. Desse número, mais de 87 mil eram homens, em sua maioria, trabalhadores que vieram prestar serviço nas várias obras espalhadas pelo local. Tanto quanto as mulheres, estimadas à época em 53 mil, a idade média desses primeiros a chegarem era 22 anos.
Aniversário diferente
Com o distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, a festa prevista na Esplanada dos Ministérios para comemorar o aniversário da cidade nesta terça-feira, 21, acabou sendo adiada pelo governo do Distrito Federal, mas boa parte da celebração migrou para a internet.
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec), por exemplo, montou uma programação com 15 horas de apresentações online somente com artistas locais, no festival Cantando para Brasília. Também nesta terça, de modo completamente digital, começa o 7º Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF, na sigla em inglês).
Somando-se à programação online, segue em andamento o festival cultural No Seu Quadrado, com mais de 200 apresentações artísticas e 70 atividades informativas. São representadas as linguagens de audiovisual, artes visuais, circo, dança, fotografia, gastronomia, literatura, música e performance, entre outras. Há também atividades infantis como contação de histórias e teatro infantil.
A diretora-geral e curadora do Festival Internacional de Cinema de Brasília, Anna Karina de Carvalho, chegou a cogitar o cancelamento da edição deste ano, mas ao final, em parceira com uma a plataforma de serviços digitais conseguiu transferir toda a programação para a internet.
Para assistir aos filmes, basta fazer um cadastro no site do BIFF e ter acesso grátis a toda programação diária do festival.