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Correção do pH pode diminuir a toxicidade da vinhaça, afirma pesquisa da USP

Pesquisa foi realizada no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba (SP)Pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba (SP), mostra que a toxicidade da vinhaça para organismos aquáticos pode ser reduzida por meio da correção do seu pH (acidez) para 6.5. Devido a sua rica composição em nutrientes, esse resíduo do processamento da cana-de-açúcar tem sido utilizado para irrigação dessa própria lavoura. No entanto, se aplicada em excesso no solo, pode contaminar corpos d'água.

A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Ecotoxicologia do Cena, pelo biólogo Rafael Grossi Botelho, que tem realizado seus experimentos sob a orientação do professor Valdemar Luiz Tornisielo, e as análises mostraram que o pH menos ácido torna a vinhaça menos tóxica para o peixe Danio rerio, popularmente conhecido como Paulistinha, e para os microcrustáceos Ceriodaphniadubia e Ceriodaphnia silvestrii.

Resultante da fermentação do caldo da cana de açúcar, a adubação por vinhaça resulta principalmente na elevação da fertilidade e enriquecimento do solo, ocasionando o aumento da produtividade devido a grande quantidade de matéria orgânica em sua composição química, tais como nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio. Porém, são inúmeros os danos que a vinhaça pode causar ao meio ambiente, principalmente na água, já que possui uma alta carga de matéria orgânica.

Ambientes aquáticos

– Quando este resíduo não é aplicado corretamente e em concentrações seguras, pode se deslocar para ambientes aquáticos. Dessa forma, os micro-organismos da água degradam a matéria orgânica presente, ocasionando na diminuição do oxigênio. As consequências são grandes como, por exemplo, a mortandade de peixes e a perda de espécies – relata Botelho.

De acordo com a legislação, as indústrias que produzem vinhaça são obrigadas a cumprirem requisitos estabelecidos por norma pela Cetesb, que informa sobre os critérios e procedimentos para aplicação de vinhaça no solo agrícola.

– Em minha pesquisa, corrigimos o pH da vinhaça para 6,5, ou seja, a tornamos menos ácido, e, desta forma, concluímos que a sua toxicidade para organismos aquáticos foi reduzida – concluiu o biólogo que tem seu estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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