Em apenas uma edição de qualquer feira da agroindústria familiar, são oferecidos mais de 90 produtos. As vendas, nestes eventos, passam de R$ 1 milhão. Porém, agora, os produtores de Londrina querem exportar.
? Nós damos consultoria desde a criação do produto, embalagem, normas técnicas, documentação, até o transporte propriamente dito ? disse a gerente de Negócios Internacionais dos Correios, Fátima Gonçalves da Silva.
A exportação para pequenos empresários via Correios funciona desde 2001. Agora, o foco passa a ser a agroindústria, especialmente. Cerca de 80% das propriedades rurais do Paraná são de agricultores familiares. Estima-se que a exportação agregue valor aos produtos em 100% ou mais, além de melhorar a competitividade em tempos de economia globalizada.
O produtor de peixes Alessandro Moreira ficou interessado no consumidor estrangeiro.
? Nós estamos produzindo filés de tilápia. Fazemos quase que a cadeia toda, temos a produção, engorda e processamos o pescado. Por enquanto, estamos atendendo o mercado interno, que tem uma demanda grande. Ainda não conseguimos atender o mercado externo, mas isso não descarta de no futuro a gente poder mandar o peixe para outros países ? explicou Moreira.
Mesmo simplificada, a exportação pode exigir ajustes nos sistemas de produção. Porém, para o vice-presidente da Cooperativa de Agricultores Familiares do Norte do Paraná, José Gante, este é um passo para uma renda melhor.
? Sempre que tenha uma possibilidade de agregar valor maior ao produto, a nossa cooperativa está predisposta a fomentar e ajudar nesse sentido ? concluiu Gante.