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Corte no custo de energia é positivo, diz Abiove

Para a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais, medida vai aproximar valor de produção dos concorrentes internacionaisA Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou como "extremamente positiva" a esperada redução de até 28% no custo da energia elétrica para as indústrias brasileiras, medida que deverá ser oficialmente anunciada pela presidente Dilma Roussef nesta terça.

— Isso contribuirá para aproximar os custos nacionais de produção dos custos dos concorrentes internacionais — diz Fábio Trigueirinho, secretário-geral da Abiove.

No caso específico da indústria de óleo vegetal, o executivo destaca o fato de a matriz energética utilizada pelo setor ser “variada”. Algumas indústrias, por exemplo, consomem a energia gerada pela queima de lenha ou bagaço de cana-de-açúcar, comenta a Abiove, sem entrar em detalhes sobre o impacto que o pacote de energia terá nas operações.

Segundo a entidade, a escolha da fonte de energia a ser utilizada depende, entre outros fatores, da localização da instalação industrial. Trigueirinho disse que, além de reduções de custo, a indústria espera que a carga tributária também seja rediscutida pelo governo.

Ubabef elogia corte

A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) disse que a decisão atende a um pedido do segmento avícola, que tem no insumo importante despesa.

– É um pleito que a gente tem há muito tempo, pois um dos principais custos do setor é com energia. A medida faz parte de um plano de compatibilização de custos frente aos países concorrentes – disse o presidente da entidade, Francisco Turra.

O executivo aproveitou para reforçar que neste momento outras despesas preocupam o setor, especialmente os preços dos grãos usados na ração.
 
Unica: reajuste pode abrir brecha para competitividade do etanol

A redução dos preços da energia pode abrir uma brecha para que o governo resolva questões ligadas ao etanol, na opinião do presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. Segundo ele, preços menores da energia reduzirão a pressão sobre a inflação, dando margem para o governo resolver a disparidade entre os preços da gasolina e do petróleo sem elevar os índices de valores. O efeito seria um etanol mais competitivo, sem o peso da contenção de cotações da gasolina.

– Na teoria, os preços da gasolina podiam ser elevados com a redução dos preços da energia – disse.

A expectativa, no entanto, é de que qualquer alteração da gasolina na bomba ocorra apenas em 2013. Rodrigues avalia que a medida é positiva para os consumidores, que terão uma redução entre 16% e 28% na conta de energia. Porém, ele lamenta que o pacote não traga alternativa para dar competitividade à energia gerada por meio da biomassa.

Atualmente, a grande maioria das usinas do setor geram energia para consumo próprio. Muitas já possuem capacidade para gerar um excedente energético que pode ser vendido à grade de energia por meio de leilões. Mas os preços oferecidos nos últimos leilões não cobrem os investimentos em caldeiras para que esta produção de excedente energético se torne viável.

Trigo

O diretor-presidente do Moinho Pacífico e conselheiro da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Lawrence Pih, calcula que a indústria moageira poderá economizar cerca de R$ 6,00 por tonelada de farinha de trigo produzida com o anunciado corte do preço da energia. Pih diz que o gasto com energia equivale a R$ 30,00 por tonelada de farinha.

– Se o governo reduzir em 20%, poderemos falar em R$ 6,00 por tonelada de redução. É uma medida benéfica, com certeza – disse o executivo.

O repasse ao consumidor, no entanto, dependerá do mercado. Segundo o moageiro, os preços do cereal estão sustentados no mercado internacional e a recente alta ainda não foi totalmente repassada aos preços da farinha, assim como a valorização do câmbio – o Brasil importa 50% do volume de grãos processado pela indústria.

– Esse repasse é um processo. Estimamos ainda entre 12% e 15% a defasagem dos preços.

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