? Os 3.549 fiscais estão de mãos atadas, pois foram cortadas viagens, gastos com combustíveis, material de consumo, materiais de proteção individual ? disse o presidente do Anffa Sindical, Wilson Roberto de Sá.
De acordo com ele, além do contingenciamento, uma portaria do Ministério da Agricultura – a 215, de 16 de março de 2011 – impõe uma série de medidas que restringem diárias de viagens de fiscais agropecuários, como, por exemplo, a que delega ao secretário de Defesa Agropecuária a autorização para essas visitas técnicas.
? Há um limite de 40 diárias (por ano), que é até razoável, mas trabalhamos com organismos vivos e a defesa não pode trabalhar com essa burocracia e um contingenciamento de recursos, que foi prometido que não ocorreria ? disse Sá.
O Anffa Sindical encaminhou à presidente Dilma Rousseff e a ministros um ofício no qual lamenta os cortes como os que ocorreram na área de fiscalização agropecuária e alerta para a possibilidade de futuros embargos sanitários ou comerciais de países compradores dos produtos agrícolas brasileiros.
? Nós alertamos para que depois não coloquem a culpa na fiscalização, como sempre gostam de fazer ? afirmou Sá.
O presidente do Anffa Sindical ironizou ainda o fato de o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, não ter conseguido audiências com a presidente durante os cem dias de governo e ter apenas se reunido com Dilma a pedido dela.
? Foi noticiado que nos cem dias o ministro é um sem audiência; talvez por isso questões como essa não são resolvidas ? conclui.