? Até o meio do ano que vem, pretendemos estar atuando fortemente em pelo menos mais uma categoria além do açúcar ? informou Colin Butterfield, presidente da Cosan Alimentos, que já está sendo organizada para funcionar como uma companhia independente da empresa-mãe.
Ele não revelou em quais categorias a nova empresa irá atuar. Mas dá pistas.
? A meta é entrar em, pelo menos, uma categoria por ano ? diz.
O foco é investir em alimentos, mas em categorias que o nível de formalidade seja alto, em produtos não-refrigerados e que tenham prazos de validade longos. Também é necessário ser um mercado com grande escala. Dentro dessas características, segundo Butterfield, a empresa analisa entrar no negócio de café, de biscoitos, massas (pastifício), conservas e até atomatados.
? Provavelmente, a primeira nova categoria poderá será a de café ? disse o executivo.
A Nova América, empresa dona da marca União, comprada pela Cosan em março do ano passado, já atuou no mercado dessa commodity, com o Café União, vendido para a Sara Lee em 2000. Na época, segundo Butterfield, a multinacional americana acertou com a Nova América a exploração do direito de uso da marca União por dez anos. Esse prazo venceu há alguns meses, o que dá liberdade para a Cosan Alimentos usar o nome em um futuro lançamento na área de cafés.
A entrada em novas categorias de produto é fundamental para a Cosan Alimentos, segundo Melchiades Donizeti Terciotti, diretor comercial de mercado interno da futura empresa.
? É a única maneira de a companhia atingir boas taxas de crescimento. O mercado de açúcar é maduro, não há muito para onde crescer, a não ser diversificando os produtos ? disse.
No ano passado, a Cosan Alimentos faturou, segundo fontes do mercado, cerca de R$ 1,5 bilhão.