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Cotação do açúcar deve continuar pressionada a curto prazo, aponta Organização Internacional do Açúcar

Traders avaliam que mercado deve experimentar mais volatilidade, enquanto ainda se busca um plano de contingência para os embarques no Porto de SantosOs preços do açúcar devem seguir pressionados no mercado internacional no curto prazo, na avaliação de Peter Baron, diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês). Ele comentou que "estamos nos encaminhando para a quarta safra consecutiva com excedente global de produção, nenhuma perspectiva de problemas de plantio em Brasil e Índia, maiores produtores globais de açúcar, demanda reduzida na China temporariamente e boa disponibilidade do produto para exportação

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Na avaliação de Baron, o excedente global de açúcar ao fim da safra global 2013/2014, em setembro de 2014, deve ficar em 4,5 milhões de toneladas. O consumo deve seguir crescendo cerca de 2% ao ano. Além disso, há potencial para crescimento nos mercados asiáticos. Na China, exemplificou o executivo, o consumo médio per capta é de 11 quilos por ano, ante média mundial de 25 quilos por ano.

– É inevitável que aumentem para chegar à metade do consumo mundial em 2020 – disse Baron sobre o mercado asiático, que hoje responde por 40% do mercado.

No caso do etanol, a expectativa é que o consumo alcance 167 bilhões de litros em 2020, especialmente por conta dos mandatos de mistura do biocombustível, que vêm sendo aplicados pelos países. Baron ponderou, ainda, que o Brasil deverá recuperar em 2013 o posto de maior exportador de etanol. Isso porque a limitação da disponibilidade de milho nos Estados Unidos, com a quebra de safra na temporada passada por causa da seca, diminuiu a produção em cerca de 3%, para 48,8 bilhões de litros, avaliou o executivo. A produção mundial em 2013 deve alcançar 84,9 bilhões de litros, incremento de 2,8%, principalmente com o aumento de 3 bilhões de litros na produção brasileira.

Baron também argumentou que o futuro do setor vai além do açúcar e do etanol, mas passa por cogeração, uso do etanol para a produção de bioplásticos e etanol celulósico. Ele calcula que, em 2020, o equivalente a 6 bilhões de toneladas de açúcar serão destinadas à produção de Bioplásticos.

Votorantim Corretora estima estabilidade na cotação

Já a Votorantim Corretora avalia que a cotação do açúcar tende a estabilizar. As cotações internacionais do açúcar tendem a uma estabilização ao longo dos próximos 24 meses, apesar do incêndio no terminal da Copersucar, no Porto de Santos (SP), ocorrido na última sexta, dia 18. A avaliação é de analistas da Votorantim Corretora, que afirmam que o desempenho recente dos preços do açúcar e do etanol permite reiterar a perspectiva de estabilidade.

O preço do contrato futuro de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), primeiro vencimento, fechou a 19 centavos de dólar por libra-peso, na quinta da semana passada, “em uma recuperação contínua do nível de 16 cents a 16,5 cents alcançado em meados de julho de 2013”, comenta a corretora. Na sexta, 18, o mercado subiu mais de 2,5%, com a cotação do contrato saltando para 19,50 cents, por causa do incêndio no terminal do porto.

Segundo a corretora, o preço médio acumulado do etanol hidratado na corrente safra (a partir de 31 março de 2013 até 10 de outubro passado) é 5% maior do que no mesmo período um ano antes. Já o preço médio do etanol anidro é 3,3% mais alto na atual safra em relação ao mesmo período um ano antes.

Usinas avaliam que preços do açúcar atingiram piso

Traders avaliam que os preços do açúcar no mercado internacional atingiram o piso neste ano, e que a redução do superávit traz um viés altista para as cotações no médio prazo. Mas o mercado deve experimentar mais volatilidade a partir de agora, enquanto ainda se busca um plano de contingência para os embarques de açúcar no Porto de Santos, após o incêndio. A avaliação foi enfatizada por executivos da Raízen, São Martinho, Sucden e EDF Man.

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Agência Estado
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