Recuo foi de 1,32% na semana passada, encerrando a R$ 52,07 a saca
As cotações da soja tiveram queda no mês de setembro em Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O preço médio da saca de soja no Estado apresentou recuo de 1,32% na semana passada, encerrando a R$ 52,07 a saca. Dados da entidade mostram que as cotações estão andando de maneira contrária à evolução apresentada nos preços em setembro registrados não só em 2013 como também na média dos últimos cinco anos.
A demanda interna, responsável por manter os preços elevados em agosto de 2014, sinalizou recuo em setembro. Segundo o Imea, grande parte das indústrias esmagadoras já apresenta seus estoques abastecidos e, assim, reduziu a ânsia das compras imediatas. A expectativa da conjuntura baixista da soja do próximo ano, também, já está sendo capaz de pesar sobre a cotação atual, fazendo com que a entressafra neste ano apresente condições bastante enxutas e atípicas para esta época do ano.
O contrato para novembro de 2014 apresentou forte queda de 4,86% na última semana, fechando com cotação média de US$ 9,29/bushel, influenciado principalmente pelo bom avanço da colheita e previsões favoráveis nos Estados Unidos.
Semeadura
De acordo com o Imea, até a última semana de setembro foi semeado cerca de 1,7% da área de 8,8 milhões de hectares destinada à soja, o que garantiu uma área de 152 mil hectares. Apesar de o solo ainda estar relativamente seco, a semeadura avança de maneira satisfatória na média do Estado, grande parte devido ao aumento das áreas semeadas com pivô no médio-norte de Mato Grosso.
Esta é a maior área semeada até o final de setembro se comparada às do mesmo período das safras anteriores, isso porque não só a porcentagem é relativamente satisfatória para este período, mas, sobretudo, devido à área recorde a ser cultivada nesta safra. Caso o andamento da semeadura continue apresentando bons ritmos como o registrado até o final de setembro, pode corroborar para a consolidação de uma grande safra, conforme já está sendo previsto, pesando cada vez mais sobre as cotações internas do próximo ano.
Canal Rural, com informaçõs do Imea