Fundador e presidente da feira, Francisco Santos estima que a feira consiga negociar R$ 6 bilhões, o mesmo que em 2008:
? O mercado interno está sem produtos nas lojas, pois retraiu as compras a partir de setembro e vendeu acima do esperado. Então, podemos até superar esse número.
A abertura oficial da feira ocorre às 10h, e a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva traz a expectativa de que sejam anunciadas medidas para o setor, como a redução de tributos ou o aumento no crédito para capital de giro.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, a situação ainda será delicada até o fim do primeiro trimestre, tanto no mercado doméstico quanto no internacional, em consequência da queda nas negociações de outubro e novembro:
? Embarques foram frustrados em razão da volatibilidade do dólar. Mas passada essa fase, o país tende a recuperar a capacidade competitiva prejudicada pelo dólar baixo. Se estabilizar no patamar de R$ 2,20 e não ocorrer uma escalada do preço dos insumos, teremos a volta da competitividade da indústria brasileira de calçados.
O comportamento do dólar, enfatiza, deve provocar redução na importação de calçados em 2009, cenário favorável ao produto made in Brasil. Outro ponto positivo é que a China, com a moeda valorizada frente ao dólar e o aumento de encargos e salários, está perdendo espaço no mercado.
? O calçado chinês entra numa condição de preço que os compradores tendem a se redirecionar para um país de comportamento mais ágil, como o Brasil ? acrescenta Klein.