No entanto, mesmo com as pequenas recuperações, o cenário ainda permanece baixista em longo prazo, pois, se comparado aos preços em 2013, as cotações neste mesmo período encontravam-se em torno de US$ 4,24/bushel.
Segundo o Imea, um dos principais motivos é a safra recorde do cereal nos Estados Unidos, que tem puxado os preços internacionais para baixo. Os preços externos que costumam influenciar as cotações internas, desta vez não têm obtido tanto impacto. O preço do cereal em Mato Grosso tem se mostrado em elevação desde setembro, com a saca do milho disponível chegando a bater R$ 16,21 no indicador Imea do mês de novembro. Com isso, os preços têm sido suficientes para cobrir os custos com insumos, apresentando um cenário mais agradável em comparação ao verificado no mesmo período do ano passado.
Recuperação
Notícias Relacionadas
Cobrir os gastos com os insumos necessários para o cultivo de milho é o primeiro passo rumo à lucratividade. A melhora nos preços do mercado físico do cereal em outubro gerou uma melhor margem para o produtor, pois a saca do milho ficou mais cara que os custos com insumos necessários para a sua produção.
Em novembro esta margem alcançou R$ 3,77 a saca, criando um cenário positivo após o período de julho a setembro que distanciou os produtores do lucro, visto que os gastos com insumos eram maiores que a cotação da saca do cereal. Quando é considerada a paridade para julho de 2015 para o cálculo da margem de lucro, o cenário se torna preocupante. A paridade para julho de 2015 está R$ 2,00 a me- nos que os gastos com insumos para a produção de uma saca do milho, deixando a margem de lucro negativa. A expectativa é de que o preço não siga a CBOT e possa remunerar melhor os produtores.
