Cotações do café robusta apresentam alta expressiva em novembro na comparação com outubro

Alta esteve atrelada à influência do mercado externo, à retração da oferta e à maior demandaAs cotações do café robusta (conillon) apresentaram aumento expressivo em novembro no mercado interno. Além da influência do mercado externo, a alta esteve atrelada à retração vendedora e à maior demanda por parte dos agentes que precisavam cumprir entregas de contratos fechados anteriormente.

De agosto a outubro deste ano, os preços do robusta haviam caído no mercado físico brasileiro, influenciados pelo mercado de arábica. Por isso, o forte avanço nas cotações durante novembro chegou a surpreender alguns agentes e deixou vendedores ainda mais retraídos – à espera de intensificação das altas.

Em 29 de novembro, o indicador Cepea/Esalq do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 214,54 a saca de 60 quilos, expressiva alta de 15% (ou quase R$ 28) em relação ao último dia de outubro. O tipo 7/8 bica corrida também se valorizou, fechando a R$ 207,35 a saca em 29 de novembro, aumento significativo de 15,3% na mesma comparação.

Considerando-se a estimativa de produção divulgada em setembro pela Conab, de 8,211 milhões de sacas de robusta no estado, esse percentual representa um volume próximo ao observado no mesmo período do ano passado, de 3,6 milhões de sacas. A aposta de colaboradores do Cepea, ao menos para o curto prazo, é que vendedores se mantenham retraídos, aguardando novas valorizações do grão. Assim, um maior volume de café pode ser escoado a partir dos primeiros meses de 2014. 

As cotações do café robusta subiram 15% no decorrer de novembro no mercado brasileiro. O avanço nas cotações internacionais da variedade foi um dos motivos para a elevação no Brasil. O contrato de robusta negociado na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) com vencimento em janeiro/14 fechou a US$ 1.642/tonelada em 29 de novembro, forte alta de 10,8% na comparação com 31 de outubro.

A alta externa, por sua vez, está atrelada a temores com relação às fortes chuvas que atingiram o Vietnã (maior produtor mundial de robusta), que podem ter comprometido a qualidade de parte da safra do país. Apesar da significativa elevação no Brasil, a média mensal ainda está abaixo do observado no mês anterior.

O indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 198,93 a saca de 60 quilos em novembro, recuo de 3,1% em relação a outubro. A média do tipo 7/8 bica corrida foi de R$ 191,37 a saca, queda de 3,5% na mesma comparação – ambos a retirar no Espírito Santo.

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