Os preços do milho no Brasil iniciaram o ano em alta, impulsionados pelas exportações aquecidas, que reduzem o excedente interno e sustentam os preços das operações spot (para entrega imediata), de contratos antecipados e também de futuros na BM&FBovespa. A perspectiva é de que os recordes sigam pelas próximas semanas, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Em dezembro, saíram de portos brasileiros 6,27 milhões de toneladas de milho, o maior volume mensal de toda a história, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Desde fevereiro, são 25,7 milhões de toneladas, faltando apenas 3,9 milhões de toneladas para que sejam atingidas as 29,7 milhões de toneladas previstas pela Conab para a temporada 2014/2015 (de fev/15 a jan/16).
Na região de Campinas (SP), referência para o Indicador Esalq/BM&FBovespa, os preços já registram alta de 7,3% na parcial de janeiro, fechando a R$ 39,51/saca de 60 kg na sexta, dia 8, o maior valor (nominal) de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2000.
Se considerados os negócios também em Campinas, mas com prazos de pagamento descontados pela taxa NPR, a média à vista foi para R$ 39,11/sc, com reação de 7,36% neste mês.