Soja
A forte queda em Chicago (CBOT) nesta terça-feira paralisou as negociações em todo o Brasil. A baixa da bolsa e a volatilidade da moeda norte-americana fez com que o preço da soja no mercado interno tivesse perdas significativas. No porto de Rio Grande (RS), por exemplo, as cotações passaram de R$ 71,50 para R$ 69,50. Já no porto de Paranaguá (PR) o valor caiu R$ 2,50, cotada a saca a R$ 69,50.
Esse recuo acentuado lá fora aconteceu depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou uma melhora de dois pontos percentuais nas lavouras em boas ou excelentes condições. Esse dado surpreendeu o mercado, que esperava uma piora na safra. A previsão de mais chuvas no meio-oeste americano também colaborou para a baixa lá fora.
Durante a tarde a soja chegou a cair mais de 30 pontos nos principais contratos e no fim do dia as perdas foram de 3,64% no grão de 3,23% no farelo e 2,44% no óleo.
Dólar
O dólar fechou esta terça-feira, dia 1, cotado a R$ 3,126 com alta de 0,22%. Pela manhã a moeda norte-americana foi pressionada por dados mais fracos do que o esperado, sobre a renda, a inflação e a atividade industrial nos Estados Unidos.
Aqui dentro o mercado segue cauteloso, por conta da votação na Câmara dos Deputados da denúncia contra o presidente Michel Temer, prevista para começar às 9 horas. Atos populares são esperados em todo o Brasil.
Manifestação de caminhoneiros
Pelo segundo dia consecutivo caminhoneiros bloqueiam rodovias do Brasil. A categoria é contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, anunciado pelo governo no último dia 20.
O Movimento Nacional dos Caminhoneiros Independentes informou que há uma orientação aos motoristas para não sair de suas garagens, o que pode reduzir o impacto visto nas ruas, mas ainda assim prejudicar o escoamento de carga no país com um menor número de veículos rodando. Nesta terça-feira as paralisações aconteceram em oito estados.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, até o momento, são registrados bloqueios na BR-040, no km 466 em Sete Lagoas (MG), km 511 em Ribeirão das Neves (MG) e km 607 em Congonhas (MG).
Milho
O milho em Chicago também teve um dia de forte queda, influenciado pela previsão do tempo para os Estados Unidos. O instituto americano de meteorologia (NOAA) segue indicando chuvas normais e acima do normal com temperaturas mais amenas em todo o cinturão produtor. Apenas nas planícies a expectativa ainda é de chuva abaixo do normal na primeira quinzena de agosto.
Algumas empresas começam a divulgar estimativas de produção e produtividade, mas o mercado não tende a absorver estes dados até a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, prevista para a quinta-feira, dia 10. Com o fator clima perdendo força em Chicago, a expectativa é que o mercado aguarde essas informações do departamento americano para definir uma tendência de preços do milho.
Aqui no Brasil o mercado seguiu entre cotações mais baixas e estabilidade. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, houve pouco registro de negociação por parte dos produtores. Em relação aos compradores, estes seguem bem posicionados com os estoques, sem aceitar valores mais altos pelo grão.
Café
A sessão do café arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) foi volátil. O mercado chegou a ter ganhos, atingindo as cotações mais altas em 4 meses, mas acabou revertendo e fechando no vermelho. Essa baixa aconteceu devido a fatores técnicos, com realização de lucros, e seguindo petróleo e a queda das commodities. No final do dia o vencimento setembro de 2017 caiu 1%, cotado a 137,85 cents por libra-peso com queda de 140 pontos.
No mercado brasileiro o ritmo de negócios foi mais calmo. Apesar da desvalorização na bolsa, o dólar compensou um pouco e os preços do café no físico não oscilaram muito.
Boi
Mercado físico voltou a apresentar preços do boi gordo mais altos no decorrer desta terça-feira. O ambiente de negócios tem se mostrado mais firme e a oferta de animais terminados mais restrita neste momento contribui para esse quadro.
Na BM&F o pregão foi caracterizado pela continuidade do movimento de alta entre os principais contratos em vigência. Fundamentalmente o mercado físico tem se deparado com reajuste dos preços na região Norte e também no Centro-Oeste do país. Em caso de aquecimento da demanda durante a primeira quinzena do mês há espaço para que o movimento de alta se torne ainda mais consistente.
Previsão do tempo
Sul
Um sistema frontal se forma próximo ao Sul e consegue organizar parte da umidade para esta área e muda o tempo na região. A chuva vem acompanhada de trovoadas e ventos fortes em todo o estado gaúcho a qualquer hora do dia. Os maiores volumes acumulados são esperados para as áreas de fronteira com a Argentina e o Uruguai. Além da chuva, o excesso de nuvens faz a temperatura máxima despencar no Rio Grande do Sul. Conforme o dia passa, a chuva alcança também áreas catarinenses e boa parte do Paraná. Já no norte paranaense, o tempo ainda não muda e o calor se torna ainda mais intenso.
Sudeste
A maior parte do Sudeste fica com tempo firme e sem chuva, mas no final do dia algumas instabilidades associadas a um sistema frontal no Sul do Brasil propagam nuvens e rajadas de vento para o estado de São Paulo no final do dia. Além disso, as temperaturas máximas já não ficam tão elevadas como em dias anteriores. A chuva, porém, ainda não chega ao território paulista. No interior da região Sudeste ainda há grande amplitude térmica. O sol aparece ao longo do dia entre poucas nuvens e as temperaturas sobem rapidamente, o que favorece o declínio da umidade relativa do ar.
Centro-Oeste
Uma massa de ar seco e quente segue em todas as áreas do Centro-Oeste. Há pouca formação de nuvens e isso garante mais um dia com grande amplitude térmica. As temperaturas da manhã ficam mais baixas no Distrito Federal e no leste de Goiás, e durante a tarde há maior amplitude térmica, gerando sensação de calor. No final do dia, há maior formação de nuvens e pancadas de chuva no extremo sul do Mato Grosso do Sul, com ventos moderados a fortes por causa de um sistema frontal que se propaga pelo Paraná.
Nordeste
O sol continua a predominar ao longo do dia em grande parte do interior do Nordeste, com previsão de pancadas de chuva apenas nas áreas costeiras da faixa leste e também na faixa norte nordestina, incluindo São Luís (MA). A presença de áreas de instabilidade ajuda a favorecer pancadas mais fortes, porém localizadas, na costa da Bahia. As áreas preferenciais são o recôncavo baiano e a região de Porto Seguro (BA).
Norte
Nesta quarta-feira, a maior parte dos estados da faixa central e sul da região Norte vai continuar com tempo seco, quente e ensolarado. A chuva segue nas áreas mais ao norte da região, mas sem expectativa para elevados acumulados. Mesmo assim, não se descarta a possibilidade de trovoadas nas áreas mais próximas a Boa Vista (RR).