As exportações de soja em grão, nos primeiros cinco meses do ano, cresceram quase 70% no Porto de Paranaguá, no Paraná, se comparado a 2019. Nem mesmo a crise vivida no mundo devido a pandemia de Covid-19, foi capaz de afetar o desempenho das vendas de soja do país.
Segundo levantamento do porto, o produto em grão teve um crescimento de quase 70%, na comparação entre os cinco primeiros meses de 2019 e 2020. Subiu de 4,29 milhões para 7,28 milhões de toneladas.
Só em maio, foram exportadas cerca de 1,95 milhão de toneladas do grão. Volume que é 248% maior que as 561,284 mil toneladas de soja carregadas pelo porto no mesmo mês do ano anterior.
O farelo de soja também teve crescimento. Neste ano, foram 2 milhões de toneladas exportadas, ante 1,8 milhão nos primeiros cinco meses de 2019. Considerando apenas o embarque mensal, maio de 2020 teve crescimento de 76%, com 496.360 toneladas embarcadas.
“A safra foi muito forte e muito boa, junto com condições favoráveis de mercado beneficiaram os embarques mais intensos. Nos portos o tempo seco também favoreceu as exportações, pois quando há tempo chuvoso as operações precisam ser paralisadas. Então, em resumo, tudo convergiu para este grande resultado”, diz o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Juntando tudo, o porto exportou quase o dobro do complexo da soja (grão e farelo) em maio. Foram 2,4 milhões de toneladas embarcadas, duas vezes o carregado no mesmo mês de 2019 (1,2 milhão de toneladas).
Segundo o porto, o resultado confirma o bom desempenho do complexo (grão e farelo), que ultrapassou a marca de 2 milhões de toneladas exportadas, pelo terceiro mês consecutivo, em 2020.
O volume carregado nos cinco primeiros meses do ano já soma 9,6 milhões de toneladas: 33% mais que o embarcado no mesmo período do ano anterior.
“Apesar da crise do coronavírus, o mercado se manteve muito forte. O dólar valorizado favoreceu as exportações e o tempo seco garantiu o ritmo de embarques”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A empresa pública investiu em medidas de cuidado com a saúde dos trabalhadores e manteve os serviços. “Foi essencial dar segurança para os portuários e caminhoneiros. No campo, os produtores tiveram a certeza que a safra seria escoada com a eficiência de sempre e toda a cadeia de negócios foi preservada”, completa.