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CPI propõe analisar distorções na cadeia produtiva do arroz no Rio Grande do Sul

Pedido para a criação de comissão será feito na próxima quarta, dia 17, na Assembleia Legislativa do EstadoCom a confirmação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, os produtores de arroz esperam desvendar as distorções na cadeia produtiva do Estado. A proposta é investigar o que tem feito os produtores gaúchos perderem rentabilidade, apesar de expressivas colheitas.

Com 26 assinaturas, o pedido de criação da CPI será protocolado até quarta, dia 17. Proponente do assunto, o deputado Jorge Pozzobom (PSDB) não sabe quando a comissão será instalada de fato, mas garante que terá caráter técnico, não político.

? A CPI não pode ficar restrita ao âmbito estadual, pois as principais políticas agrícolas dependem do governo federal ? diz o presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong.

Responsável por 65% da produção nacional, o Rio Grande do Sul deve colher 8,9 milhões de toneladas na safra 2010/2011. Conforme a Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), o preço para o produtor baixou 40% neste ano, enquanto para o consumidor caiu apenas 8%.

A baixa rentabilidade nos últimos dois anos, agravada pela falta de expectativa dos produtores, faz a Federarroz prever redução de até 250 mil hectares na área plantada no Estado na próxima safra. Em geral, produtores estão recebendo em média R$ 23,50 pela saca, abaixo do mínimo estipulado pelo governo, de R$ 25,80. Os custos de produção chegam a R$ 29,20.

Como funciona

– A CPI terá 120 dias, prorrogáveis por mais 120, para investigar as distorções no setor do arroz

– Ao final, é elaborado um relatório para ser encaminhado aos órgãos competentes

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