Com a decisão, o funcionamento da comissão deverá se estender até janeiro de 2011. Seu encerramento estava previsto para 17 de julho deste ano.
Para deputado Dr. Rosinha (PT-PR), no entanto, que é integrante da CPMI, essa decisão ainda não é final, porque o requerimento deveria ter sido lido no plenário do Congresso, pois se trata de uma comissão mista.
A oposição, por sua vez, argumenta que existem fatos novos que devem ser apurados a partir da Operação Tellus, da Polícia Federal, que resultou na prisão, e consequente exoneração, do então superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul, Valdir do Nascimento. A operação investigou um esquema de fraudes no programa de reforma agrária, envolvendo distribuição irregular de lotes e até a sua comercialização.
Para o deputado Jorginho Maluly (DEM-SP), que também integra a comissão, a CPMI precisa continuar logo após as eleições:
? O episódio no Mato Grosso do Sul é mais uma razão para que a comissão não pare seus trabalhos.
Dr. Rosinha rebate que o caso já está sendo devidamente investigado, independentemente da CPMI.
? A questão do Mato Grosso do Sul foi a própria Polícia Federal quem autuou, desvendou e prendeu ? diz. A CPMI do MST foi criada em 2009 para investigar possíveis irregularidades em convênios e contratos firmados entre a União e organizações não governamentais ligadas à questão agrária.