Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Na CRA, Afonso Florence diz que governo desenvolve estudos para novo modelo de Reforma Agrária

Ministro de Desenvolvimento Agrário falou à Comissão do Senado sobre ilegalidade na venda de lotes na BA e em MTO Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra estão elaborando novas regras para a política nacional de reforma agrária. A novidade foi anunciada nesta terça, dia 23, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante debate na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) no Senado. Um dos objetivos é reduzir os casos de fraudes e vendas irregulares de terras.

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lisboa Lacerda, explicou aos senadores as providências tomadas em relação às denúncias mostradas na imprensa de negociação ilegal de lotes em dois assentamentos, na Bahia e em Mato Grosso. O Instituto instaurou processos de reintegração de posse e começou a notificar os ocupantes. Mas Celso de Lacerda avalia que são casos isolados.

? Nós temos um milhão de lotes, um milhão, e temos 36 mil ocupações irregulares em 10 anos. A compra e venda de lote é uma ilegalidade. E, neste caso, é uma imoralidade, inclusive, pessoas que tem dinheiro comprar lotes de reforma agrária. Vão comprar terras particulares sem nenhum problema ? disse Lacerda.

O ministro de Desenvolvimento Agrário anunciou que o governo está elaborando uma atualização das políticas de reforma agrária já existentes. O novo plano deve ser apresentado em, no máximo, 40 dias, e a ideia é que ele seja submetido a debates no Congresso Nacional.

Segundo Afonso Florence, as mudanças também vão atingir os mecanismos de controle e fiscalização, evitando o comércio de terras nos assentamentos.

? A orientação do MDA e do Incra é atualizar para que assentados tenham como referência a dinãmica econômica regional, para que absorvam a dinâmica da agricultura familiar, às assentadas e aos assentados, a aptidão agrícola, a disponibilidade de infraestrutura, para que nós continuemos com a política de reforma agrária, agora cada vez mais aquela que o Brasil precisa ? afirmou Florence.

Autor do requerimento para realização do debate, Alvaro Dias se disse satisfeito com as explicações do presidente do Incra, quanto a medidas para punir os responsáveis pelas irregularidades. Para o senador, o governo evitará novos casos de desvios se der maior publicidade às ações da Reforma Agrária.

Também o senador Walter Pinheiro afirmou que o governo pode se antecipar e evitar irregularidades se fizer uso de mecanismos de divulgação, fiscalização e controle dos gastos públicos. Para ele, um processo de informação online pode permitir, por exemplo, que a Controladoria Geral da União se antecipe e alerte o Ministério sobre a ocorrência de irregularidade.

? Assim, seria possível inclusive bloquear a liberação de recursos a essas áreas ? disse, ao elogiar a agilidade do MDA em responder às denúncias ? declarou Pinheiro.

Walter Pinheiro também assinalou as potencialidades de ferramentas como o mapeamento de áreas por satélite, para ajudar a orientar a implantação de assentamentos.

Regularização fundiária

Esse tipo de ferramenta foi considerado útil na implantação de programas como o Terra Legal, de regularização fundiária. Em resposta ao presidente da CRA, Acir Gurgacz, o ministro informou que a implantação do programa em Rondônia segue o calendário e deverá estar concluído em 2012.

Afonso Florence informou que o governo está desenvolvendo estudos para propor um novo modelo de reforma agrária, evitando problemas como a criação de assentamentos em locais distantes de infraestruturas de produção, transformação e comercialização. A iniciativa de romper com velhas práticas e desenvolver formas modernas de promoção do desenvolvimento rural recebeu o apoio do senador Cyro Miranda.

Já o senador Ataídes Oliveira questionou o presidente do Incra sobre a disponibilização de dados contábeis e orçamentários do órgão. Em resposta, Celso Lacerda informou que todos os dados estão na página do órgão na internet.

Sair da versão mobile