Segundo Coutinho, uma das ferramentas importantes é o Cartão BNDES, com desembolsos de R$ 5,2 bilhões de janeiro a setembro. A expectativa para o ano é chegar a R$ 7,5 bilhões.
? Outra preocupação relevante é a distribuição regional dos recursos do BNDES ? afirma.
Conforme o presidente do órgão, a concentração da liberação de recursos para a região Sudeste começou a ser revista. De acordo com ele, houve aumento da participação do Norte, Nordeste e Sul do país nos desembolsos de recursos dos bancos.
Apesar da expectativa de aumento da liberação de recursos para as micro, pequenas e médias empresas, Coutinho aponta que em 2011 houve redução dos desembolsos totais do banco, comparado com anos anteriores. Isso aconteceu porque o BNDES atuou com mais força no período da crise financeira internacional, iniciada em 2008, quando houve redução do crédito de bancos estrangeiros. Em 2011, ainda segundo ele, houve a decisão da direção da instituição coordenada com a área econômica do governo para moderar o ritmo.
De janeiro a setembro, os desembolsos da instituição (R$ 91,8 bilhões) foram 28% menores que o total liberado no mesmo período do ano passado, R$ 128 bilhões. O presidente do BNDES defende também o sistema financeiro composto de bancos públicos eficientes e instituições privadas, o que gera capacidade diferenciada para enfrentar crises.
? As economias que têm sistema misto de crédito público e privado têm configuração econômica superior em termos de capacidade de enfrentar crise ? diz.