Médios e grandes produtores rurais investiram 31% mais na safra 2017/2018 do que na anterior, aponta o Ministério da Agricultura em estudo divulgado nesta quinta, dia 12. Dos R$ 38,1 bilhões disponibilizados, cerca de R$ 32,1 foram acessados. Esse tipo de recurso é destinado ao financiamento de bens e serviços, que serão úteis também em temporadas futuras, como maquinário agrícola, por exemplo.
Os destaques das contratações foram: Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que chegou a 102% ou R$ 3,8 bilhões; Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), que atingiu 83% ou R$ 1 bilhão; Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) somou 74% ou R$ 1,6 bilhão; e o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com 66% ou R$ 1 bilhão.
Segundo o Mapa, os programas de financiamento mais procurados contribuem para a modernização das atividades agropecuárias. “Por meio da expansão de investimentos voltados, principalmente, para a inovação tecnológica na propriedade rural, ampliação da capacidade de armazenagem e mitigação da emissão de gases causadores de efeito estufa”, afirma.
Para o financiamento de custeio agropecuário foram emprestados R$ 80,3 bilhões. Na agricultura, as culturas de soja e de milho representaram 42% e 13%, respectivamente. Na pecuária, a bovinocultura contratou 79% dos recursos de custeio, seguida pela avicultura e pela suinocultura, ambas com 8%.
Já para a industrialização, foram aplicados R$ 6,8 bilhões, concentrando 83% na região Sul. Para a comercialização, outros R$ 29,8 bilhões foram emprestados, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste.
A agropecuária empresarial teve disponibilizada, para safra 2017/2018, crédito oficial de R$ 188,4 bilhões, sendo que foram contratados, por produtores e cooperativas, cerca de 80% do total ou R$ 149 bilhões. O montante representa acréscimo de 13% em relação à safra anterior, quando foram aplicados no setor R$ 132 bilhões.