A liberação de crédito rural por meio do Plano Safra chegou ao montante de R$ 233,9 bilhões no período de julho de 2020 a maio de 2021. Segundo dados divulgados pelo ministério da Agricultura (Mapa) nesta quarta, 2, o valor representa um aumento de 19%, comparativamente ao mesmo período da safra passada. Neste montante estão incluídos R$ 17,7 bilhões provenientes das contratações com a fonte LCA para desconto em CPR’s e operações com a Agroindústria.
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“Esse desempenho confirma o bom momento da agricultura brasileira e a credibilidade alcançada pelo setor agrícola e pelos produtores rurais, com indicativos de que a safra vindoura poderá ser ainda mais exitosa”, diz o diretor de Crédito e Informação, Wilson Vaz de Araújo.
De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Mapa, os valores programados para o crédito rural, de R$ 236,3 bilhões serão superados, pois os saldos dos programas de investimento, e de outras finalidades, ainda não contratados, terão sua contratação efetivada, tão logo a Secretaria do Tesouro Nacional autorize a reabertura das linhas, o que deve acontecer imediatamente após a sanção do PLN nº 4. Segundo a SPA, outras operações deverão ser contratadas no mês de junho com recursos livres ou controlados, mas sem equalização.
Segundo o ministério da Agricultura, todas as finalidades tiveram uma elevação no valor das contratações do crédito rural, em relação à igual período da safra 2019/2020.
Os investimentos foram os mais significativos, com R$ 65,9 bilhões contratados, aumento de 47%. O custeio teve R$ 117,1 bilhões em contratações (+21%), a industrialização com R$ 11,4 bilhões (+11%) e a comercialização com R$ 21,8 bilhões (+5%).
Os financiamentos de custeio, na atual safra, atingiram R$ 23,8 bilhões (+5%) no Pronamp, R$ 16,1 bilhões (+25%) no Pronaf e R$ 77,1 bilhões (+26%) em relação aos demais produtores.
No que se refere à participação das fontes de recursos utilizadas nas contratações do crédito rural, as controladas representaram 57% e as não controladas 43%.
Mesmo com um pequeno decréscimo nas contratações com recursos Obrigatórios (-4%), sua participação no crédito rural foi de 21%, se situando em R$ 48,4 bilhões. Essa participação foi de 20% ou R$ 46,5 bilhões, para os recursos da fonte LCA.