A safra 2019/2020 teve início com forte aumento das contratações de crédito rural em relação a 2018. O total financiado em julho deste ano foi de R$ 16,5 bilhões, aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado.
Do total financiado, R$ 11 bilhões foram para custeio e R$ 2,7 bilhões para investimentos. A contratação de pequenos e médios produtores somou R$ 4,48 bilhões para custeio (+40%) e R$ 906 milhões para investimentos (+34%).
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário Safra 2019/2020, divulgado nesta sexta-feira, 9, pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, tendo como fonte de dados o Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, do Banco Central.
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“O desempenho do crédito rural neste início de safra é superior ao da safra passada e flui normalmente em todas as linhas de financiamento”, afirmou Wilson Vaz, diretor de Financiamento e Informação do ministério.
Crescimento
As contratações para comercialização tiveram crescimento de 39% em relação ao ano passado, influenciado pela retração nos preços dos grãos. Já os desembolsos para investimentos tiveram alta de 35% e para industrialização, de 42%.
O aumento no valor dos financiamentos ao setor foi particularmente elevado no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com 34%, e no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com 38%.
Fontes de recursos
Os financiamentos agropecuários, realizados com recursos dos Fundos Constitucionais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, aumentaram 63%, se situando em R$ 1 bilhão, dos quais R$ 661 milhões para a região Nordeste.
Outro destaque é a contribuição dos recursos provenientes da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para o “funding” do crédito rural, cujas contratações com recursos dessa fonte aumentaram de R$ 827 milhões em julho de 2018 para R$ 2 bilhões em julho último (+146%).