Na safra passada, a primeira em que foi plantado milho transgênico, 7% das lavouras do país eram de cultivares geneticamente modificadas. Neste ciclo, já são 40%, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes. Esse percentual só não é maior porque a oferta ainda é restrita.
? Este ano a oferta chega a 40%, então vão plantar 40%. Ano que vem, se a oferta chegar a 80%, vão plantar 80%. O lavrador está gostando e está procurando bastante ? disse o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto.
No Distrito Federal, os produtores de milho calculam que mais da metade da atual safra do grão seja transgênica. Os agricultores do Cerrado encontraram nessa cultivar certeza de rentabilidade. A tecnologia garante plantações livres de pragas.
A produção de João Carlos Werlang confirma as previsões. Na safra passada, ele plantou 25 hectares de milho transgênico; nesta, já são 90. Satisfeito com os resultados, o produtor pretende aumentar a lavoura.
? Se pudesse plantar, eu plantaria 100% do milho transgênico. Mas nós temos uma lei que tem que deixar essa barreira aí com o milho convencional ainda ? explicou Werlang.
A semente transgênica chega a ser 25% mais cara do que a convencional, mas, para o produtor rural, o resultado compensa.
? Você fica mais tranqüilo, você não precisa estar entrando na lavoura para fazer inseticida. No convencional, caso contrário, você tem que fazer de cinco a seis aplicações, dependendo até mais ? concluiu João Carlos Werlang.