Em entrevista ao Agribusiness Online, a diretora de produtos do Agronegócio e energia da BM&FBovespa, Fabiana Perobelli, informou que o mercado com maior profissionalização é o do boi gordo, com uma média de 10 mil contratos por dia.
– O setor produtivo tem participado mais dessas operações e tem mudado a forma de comercialização. Em vez de saber qual será o preço de venda só na hora de entregar o boi para abater no frigorífico, toma a decisão seis meses antes e fixa o preço.
Fabiana Perobelli destacou também que os negócios com milho e a soja também apresentam expressivo crescimento. Segundo a diretora de produtos de agronegócio e energia na BM&FBovespa, informou também que qualquer pessoa pode negociar no mercado. Basta procurar uma corretora associada à bolsa de valores.
Formação de preços
A diretora da BM&FBovespa lembrou do fato do Brasil estar entre os maiores produtores das principais commodities agrícolas, mas não ser formador de preços em nenhuma. Fabiana Perobelli disse acreditar que o país pode passar a comandar os preços mundiais em produtos como boi gordo e, principalmente, ao etanol.
Um instrumento que pode facilitar é o ordenamento dos sistemas da BM&FBovespa com a Bolsa de Valores de Chicago, nos Estados Unidos, que deve ocorrer a partir de setembro. Fabiana explicou que, desta forma, os valores negociados na bolsa brasileira estarão à disposição de terminais de várias partes do mundo.