Para 2012, o cenário se inverte e a Fiergs projeta crescimento maior para o Brasil do que para o Rio Grande do Sul. De acordo com a entidade, após um ano excepcional para o agronegócio, as primeiras projeções sinalizam uma safra menor, o que deve resultar em queda da renda em vários municípios.
No ano que vem, em um cenário otimista, a federação espera crescimento de até 3,3% para o Estado, enquanto para o Brasil o percentual sobe para 3,8%. Em um cenário moderado, a previsão é de que o RS cresça 2,1% e o Brasil 2,6%. Já no cenário pessimista, o PIB gaúcho pode recuar 0,4% e o brasileiro crescer 0,7%.
– O impacto do setor agrícola no Rio Grande do Sul é muito mais forte do que no Brasil. A agropecuária vem carregando o Brasil nas costas – afirma Müller.
Entre as justificativas para o crescimento mais baixo no ano que vem, a federação destaca a perda de competitividade da indústria. Um dos pontos salientados foi a redução do acúmulo de estoques na indústria em função do aumento das importações, a desaceleração do consumo familiar por conta do avanço do endividamento e a queda no nível de investimentos. As projeções também apontam possíveis reveses em função dos problemas econômicos em parceiros comerciais do Estado.
– A expectativa é que a arrecadação siga trajetória de crescimento, porém não será suficiente para manter o equilíbrio orçamentário – destaca o economista-chefe da entidade, Igor Moraes.
As projeções foram apresentadas durante o evento “Balanço 2011 e Perspectivas 2012 da Economia”, realizado nesta segunda, dia 12, na sede da entidade.