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Crescimento da produção nacional de grãos abre novas oportunidades para pilotos agrícolas

Profissionais aproveitam a produção de mais de uma safra ao longo do ano e prestam serviço em todo o paísVoar faz parte das ambições do homem desde o início dos tempos, desejo transformado em realidade por Santos Dumont. Quem consegue alcançar este objetivo vibra com as oportunidades de estar no ar. No campo, não é diferente com quem vive da aviação agrícola e corre atrás de safras, unindo paixão e trabalho.

Com mais de 33 anos de voo, 20 deles dedicados à pilotagem agrícola, Gustavo Quadros Miranda, 49 anos, define o ofício como a combinação entre coragem, amor e competência. Começou jovem, por incentivo do pai, piloto por hobby.

– Sempre morei no interior do Rio Grande do Sul, lugar onde a aviação agrícola tem um espaço. Foi amor à primeira vista – conta o piloto, que atualmente mora na cidade de Cruz Alta, região Noroeste do Estado.

Dedicação também faz parte da rotina de Rochele Teixeira, 30 anos, há três anos na aviação agrícola, mas com experiência como instrutora de voo e piloto de passageiros. O estímulo em ajudar na produção é o combustível para se manter na atividade:

– Em um país que tem a agricultura forte como o Brasil, nossa atividade reflete diretamente no aumento da produtividade, já que trabalhamos com tecnologia de precisão.

Ajudados pela produção de mais de uma safra ao longo do ano, os pilotos estão sempre no ar em busca de trabalho. No último período, Rochele voou cerca de 35 mil hectares, medida usada na aviação agrícola, o que corresponde a cerca de 650 horas de voo. A previsão para 2012/2013 é de sobrevoar até 40 mil hectares. De outubro a abril, atende o Triângulo Mineiro, principalmente nas plantações de cana-de-açúcar. No restante do ano, costuma trabalhar em lavouras no Estado de Alagoas.

– Entre uma safra e outra, consigo tirar férias para visitar minha família em Canoas – conta a gaúcha.

Para Miranda, a organização é fundamental para conseguir boas oportunidades ao longo do calendário agrícola do ano, já que sobra pouco tempo entre uma safra e outra para encontrar um novo trabalho.

– Muitas vezes, não dá para sair de um ciclo do arroz e pegar o início de um de soja. Mas o calendário da aviação agrícola hoje é muito extenso, e conforme a região do país a ser voada, há serviço o ano inteiro. Abre-se um leque de oportunidades para que se escolha onde se quer voar – ressalta.

*Colaborou Stéfano Souza

Veja a matéria original em Zero Hora

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