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Criação de central de cadastro e seguro rural devem levar mais agricultores ao agronegócio de alta produtividade

Mudanças na política agrícola brasileira vão trazer mais segurança aos produtores rurais, diz Kátia AbreuA presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), afirma que mudanças na política agrícola brasileira a partir de 2012 projetam levar mais produtores rurais para o agronegócio de sucesso e de alta produtividade, além de tornar o setor mais homogêneo. Segundo a senadora, dos 16 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza, dados do programa Brasil Sem Miséria mostram que mais da metade está no campo.

– Não acessam as políticas públicas e vão ficando cada vez mais pobres com a política agrícola inadequada – afirma a senadora.

Segundo Kátia, o investimento em seguro e crédito para o setor agropecuário deve mudar o cenário do produtor. Entre as novas regras, está prevista a criação de uma central transparente onde o produtor não é obrigado a se cadastrar, mas participando da iniciativa tem direito a crédito, renegociação de dívidas e seguro rural.

Ao se cadastrar na central, o agricultor informa as características da sua produção, como tamanho da propriedade, o que é produzido e os números de produção. No entanto, o produtor que optar pelo cadastro terá, obrigatoriamente, que fazer um seguro para a sua produção.

– Como poucas pessoas hoje fazem o seguro, o seguro fica caríssimo. Então, quando ele fica obrigatório, se torna muito mais barato – defende Kátia.

Segundo a senadora, o seguro não será somente para atender possíveis problemas climáticos, mas também comporta a questão financeira, para que o produtor tenha capacidade de continuar produzindo mesmo que tenha perdido investimento em uma safra.

O recurso utilizado na iniciativa deve vir da verba destinada aos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para escoamento das safras, como os de PEP e Pepro. São cerca de R$ 5 bilhões que, segundo Kátia, não vão para mão do produtor e sim para intermediários. Para ela, muitos produtores de arroz quebraram devido ao atraso dos leilões da Conab.

– Só vamos trocar os mecanismos para que esses recursos, ao invés de irem para a mão dos intermediários, cheguem na mão dos agricultores. Não é pra financiar a incompetência, mas apenas para acudir um descasamento ocasional do produto, como aconteceu com o arroz no Rio Grande do Sul – explica a senadora.

Neste novo mecanismo, de acordo com Kátia, o produtor terá um limite de produção apontado de acordo com o tamanho do tesouro brasileiro. No entanto, o agricultor inscrito na central terá a garantia de receber o preço de referência mesmo que alguma interferência prejudique e baixe o valor do produto durante a safra. Além disso, através desse mecanismo o governo vai ter controle sobre a quantidade de produção de cada cultivar no Brasil.

– Isso vai ser bom para o produtor. Quando o governo perceber que vai ter uma superprodução em uma área, ele pode incentivar o produtor a ir para outro grão – explica Kátia.

Os produtores devem ficar atentos pois as renegociações de dívidas também devem passar a ser feitas através da inscrição nessa central. O agricultor terá acesso a todas essas informações através de uma frente de divulgação a ser realizada no país inteiro.

Assista à entrevista de Kátia Abreu no programa Estúdio Rural:

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