Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Crise atrasa entrada em funcionamento de novas usinas de cana em São Paulo

Investimento pesado e falta de crédito são principais fatoresApenas 20 das 35 usinas sucroalcooleiras que deveriam entrar em atividade neste ano em São Paulo vão efetivamente começar a operar. Segundo o diretor executivo da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa, o adiamento reflete os efeitos da crise econômica mundial no setor.

Embora tenha sido um dos que mais investiram em produção no país ? foram mais de US$ 20 bilhões nos últimos três anos ? o setor sucroalcooleiro sofreu os impactos da crise, principalmente por depender de capital de giro para manutenção das lavouras de cana e da indústria e para o carregamento de estoques no ano todo.

? Ela (indústria da cana) produz em seis e sete meses e vende em 12. É ela que carrega esse estoque, e isso tem um custo financeiro ? afirmou Sousa.

Ele disse que, como o setor estava enfrentando uma época de preços baixos – puxada principalmente pelo etanol – e investindo pesado na expansão da atividade e em novos investimentos, a falta de crédito decorrente da crise acabou afetando muito o setor.

? Nossa atividade foi uma das que mais sentiram o problema da falta de liquidez no país ? ressaltou.

Apesar da “situação de asfixia de crédito”, que foi, em parte, contornada com um programa lançado pelo governo, que previa a estocagem de álcool combustível com o empréstimo de valores abaixo custo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil, Sousa afirmou que “os fundamentos de mercado ainda continuam positivos para o setor”.

Isso porque há previsão de crescimento para as usinas, principalmente em função do aumento da demanda de etanol tanto no mercado interno, com o aumento da venda e fabricação de veículos flex, quanto no internacional, com a necessidade dos países de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

? Seguramente nós vamos crescer, porque esses países precisam reduzir a emissão de CO2, e os biocombustíveis vão ser um importante aliado nesse processo. E eles não têm condições de suprir tudo o que precisam com a produção local. Eles vão ter que importar ? afirmou.

Sair da versão mobile