? Há cautela em fecharmos novos contratos com mercados que estão com problemas de liquidez, como é o caso do mercado da Rússia, e que tem encontrado, como outros países, dificuldade de crédito. Já tem uma grande quantidade produzida ou a caminho ou estocada nos portos da Rússia ? diz Luiz Carlos Oliveira, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.
Apesar do cenário de crise, a retração não deve atrapalhar o aumento de 20% nas exportações deste ano porque os contratos já estavam fechados. Exportadores de frango acreditam que o setor não deve ser afetado tão cedo.
? Eu diria que o momento é de cautela, mas não de temor, principalmente no setor de alimentos. Porque talvez a última coisa a ser atingida vai ser justamente a alimentação. Todo mundo vai cortando os supérfluos, mas quando chega na alimentação… Nós todos nos alimentamos e a proteína animal mais barata continua sendo a carne de frango ? afirma
Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango.
Há quem veja a crise por um ângulo diferente. Para quem exporta produtos industrializados como doces e chicletes, a alta do dólar garante maior faturamento.
? Quando o dólar estava desfavorável, nós importávamos matéria-prima. E hoje nos faz voltar ao mercado externo. O Brasil é um grande fabricante mundial de doces e também fabricante mundialmente conhecido de açúcar e isso nos coloca como um importante e forte player no cenário globa ? comemora o diretor comercial Alexandre Heineck.
Confira a segunda reportagem completa da série sobre o Sial 2008.
Na próxima reportagem conheça os novos mercados para produtos brasileiros, e descubra quais os estandes mais atraentes da feira realizada em Paris.