O Fundo Monetário Internacional (FMI) deve divulgar nesta quarta-feira, 16, o resultado das renegociações com o governo da Argentina para reformular um acordo de ajuda financeira ao país. Em assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Maurício Macri evitou comentar sobre a greve geral de 24 horas que afetou praticamente todos os serviços públicos do país.
De acordo com Vlamir Brandalizze, analista da Brandalizze Consulting, a crise no país vizinho deve ajudar o produtor brasileiro. Segundo ele, a Argentina é um grande fornecedor de alimentos, como soja, trigo, milho e carnes, e todos os segmentos o Brasil participa.
Além disso, segundo ele, com algumas adaptações às regras do FMI, o produtor argentino vai ser penalizado, com menor investimento na safra que será plantada e aumento de taxas de exportações.
“Neste cenário, o produtor rural de lá vai ter renda menor porque a tarifa de exportação da soja aumentou 28%. Com isso, o agricultor poderá perder um terço do faturamento para o governo. A safra, que poderia atingir 57 milhões de toneladas, deverá cair para 50 milhões de toneladas, o que pode trazer a demanda chinesa para o Brasil”, explica.