Ele previu que os investimentos no setor podem ser reduzidos com a crise, o que significa a redução do número de novas fábricas e de novos empregos.
? Temos uma indústria forte, mas vamos sentir a crise ? disse.
Segundo Almeida, a euforia causada pela recuperação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na segunda, dia 13, é precipitada. O economista faz o alerta: a crise não acabou. Além disso, seus efeitos ainda não chegaram ao Brasil, pois, em uma economia periférica, que não está no centro da crise, os impactos são sentidos mais tarde.
? Foram realizados muitos investimentos na indústria e em outros setores. No entanto, esses investimentos são uma aposta para o futuro e agora o futuro está incerto ? ponderou.
Mesmo assim, Almeida acredita que o Brasil e outros países emergentes podem aproveitar o momento como uma “brecha” para o crescimento, basta adotar as políticas corretas.
Ele relembrou que, em 1929, por exemplo, quando a recessão econômica afetou todo o mundo, o país soube enfrentar o problema, apesar de ter a economia centralizada no café e a industrialização no início do desenvolvimento.
? Se no passado o Brasil optou pela proteção do café, agora pode fazer uma política de defesa na área do agronegócio e da indústria e sair dessa crise mais forte ? concluiu.