A Unidade produtiva começa operar com tecnologia inédita no país no município paulista de Barretos. Nela, serão produzidos itens voltados para o mercado de food service, com o processamento de carne para produtos industrializados, como alimentos de bovinos, suínos e aves e também carnes com vegetais e molhos. Além disso, pode produzir sanduíches e pizzas.
O investimento inicial para a inauguração foi de R$ 80 milhões. A fábrica é fruto da joint venture entre o frigorífico brasileiro Minerva S.A. e a irlandesa Dawn farms. O frigorífico aponta para o mercado que está com as contas equilibradas e pode crescer ainda mais com novas aquisições.
A parceira Daws Farms é reconhecida na Europa como líder na produção de ingredientes à base de carne cozida e exporta para mais de 30 países em todo o mundo. A nova indústria foi construída com todas as exigências internacionais de segurança alimentar, por isso a visita é feita em corredores com acesso apenas através de vidros. A joint venture deixa claro que uma empresa não vai subsidiar a outra. O Minerva só vai fornecer carne se tiver preço competitivo.
Roberto Denuzzo disse que a meta é atingir margem Ebitda entre 15% e 20%, bem acima porcentagem da indústria de carnes brasileira, entre 5% e 8%, segundo o executivo. Também há a projeção de faturamento de US$ 200 milhões por ano, com uma produção de 10 a 15 toneladas de carne processada por hora.
? Nós vemos a crise como uma oportunidade. Os países para onde vamos exportar (Estados Unidos, Canadá e Japão) veem nossos produtos como uma alternativa melhor do que o de fornecedores internos ? afirmou Denuzzo.
Questionado sobre estar na contramão do mercado, que já registra cerca de sete registros de recuperação judicial de frigoríficos desde outubro, o presidente explica que a decisão da companhia não é recente e é estratégica.
? A criação da Minerva Dawn Farms não é de agora, é de aproximadamente dois anos. A diferença é que não somos um frigorífico e sim processadores de alimentos. Não abatemos, e sim compramos a matéria-prima. Além disso, enxergamos um potencial para o mercado de food service no Brasil e no Exterior ? disse o executivo.
De acordo com ele, o setor vem apresentando crescimento duas vezes superior ao Produto Interno Bruto (PIB) e a porcentagem de pessoas que fazem suas refeições fora de casa ainda é pequena.