Soja
A soja na Bolsa de Chicago (CBOT) terminou a sexta-feira, dia 25, em queda no grão e no farelo e mistos no óleo. O mercado aproveitou o dia para realizar parte dos lucros acumulados na semana. Enquanto isso, o clima segue favorecendo o desenvolvimento das lavouras americanas. No Brasil o mercado interno foi pouco movimentado. Os preços da soja tiveram variações mistas e os negócios foram escassos.
Para esta semana a expectativa é que os investidores repercutam os dados divulgados pela Pro Farmer. O Crop Tour, que foi realizado ao longo da última semana, indicou que, de fato, os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no relatório de agosto não foram tão exageradso como o mercado comentou. Os técnicos da Pro Farmer encontraram irregularidades nas lavouras de soja no Meio-Oeste, mas o potencial produtivo da safra não foi tão comprometido.
A projeção é de que os EUA estejam prestes a colher uma safra de 117,87 milhões de toneladas, contra 119,2 milhões de toneladas estimadas pelo USDA. A produtividade deve ficar em 54,53 sacas por hectare. Se confirmada, a safra será a maior da história dos Estados Unidos. No ano passado os americanos colheram 117,2 milhões de toneladas, safra recorde.
Milho
A bolsa de Chicago registrou um dia de preços do milho mais baixos. O mercado realizou lucros frente aos recentes ganhos e avaliou os resultados da crop tour realizada pela Pro Farmer. O grão quebrou a barreira dos US$ 3,40 por bushel no contrato de setembro de 2017.
A Pro Farmer indicou uma safra de 354,4 milhões de toneladas de milho. O número ficou abaixo do estimado pelo USDA no relatório de agosto. Já a produtividade deve ficar em 174,7 sacas por hectare. No ano passado, a produção de milho americana ficou em 384,76 milhões de toneladas. Como a colheita norte-americana começa daqui a duas semanas, a falta de novos indicadores para os preços devem limitar as altas lá fora.
Aqui no Brasil a tendência é que, conforme os trabalhos de campo nos Estados Unidos avancem, a demanda se converta para os produtos de lá, o que pode reduzir nossas exportações. Enquanto isso, as tradings já começam a desviar navios para embarques na Argentina devido à dificuldade de compra no mercado brasileiro. As cargas de curto prazo, inclusive, já começam a sair incompletas porque o produtor não quer vender o milho.
Dólar
O mercado cambial repercutiu positivamente as privatizações anunciadas pelo governo, mas os investidores continuam monitorando a tramitação da troca da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nos contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O cenário externo segue sem novidade e o mercado continua na perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, não irá mexer nos juros até o final do ano no país.
A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira vendida a R$ 3,156. No acumulado da semana a alta foi de 0,29%.
Café
O café arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) teve um dia de preços preços acentuadamente mais altos. Depois de nove sessões seguidas de perdas, o mercado teve um movimento de recuperação técnica, com cobertura de posições vendidas no encerramento da semana. O contrato de dezembro terminou o dia com alta de 2,73% cotado a US$ 131,40 cents por libra-peso, com alta de 350 pontos. Mesmo assim, o acumulado da semana indica uma desvalorização de 1,1%.
O café conilon na bolsa de Londres (LIFFE) também encerrou suas operações com preços acentuadamente mais altos. O mercado londrino acompanhou a valorização do arábica, inclusive teve comportamento mais firme que Nova Iork na semana, mas seguiu assim mesmo com os ganhos da bolsa.
No mercado interno a alta do arábica não foi suficiente para mexer com os preços do café no mercado físico. Os produtores rurais apostam em uma melhora das cotações nesta semana. Enquanto a indústria local segue ativa e sustentando as bases dos cafés mais fracos, a intenção do vendedor para sair da retranca é que os preços dos cafés de bica boa se descolem do consumo interno.
Boi
O mercado físico teve preços do boi gordo mais altos. A expectativa é de que o viés de aumento nas cotações se prolongue no curto prazo. A tentativa de compra com valores acima da referência tem sido comum e a oferta de animais terminados permanece restrita, sem qualquer sinalização de mudança nesse quadro.
Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. O setor segue com estoques curtos. Os preços devem subir na primeira quinzena de setembro com o consumo mais aquecido.
Previsão do tempo
A madrugada desta segunda-feira, dia 28, foi de chuva com intensidade moderada e raios sobre alguns pontos da metade oeste do Rio Grande do Sul, por conta de áreas de instabilidade associadas a uma área de baixa pressão atmosférica na Argentina e dos ventos em altitude.
Sobre o Amazonas e Roraima a precipitação é em forma de pancadas e também está acompanhada por descargas elétricas. Os radares já apontam uma chuva mais isolada e de fraca intensidade em Alagoas e no litoral sul de Pernambuco.
Nas demais áreas do Brasil o tempo é mais firme, com nevoeiro apenas sobre a faixa leste do Paraná e na região metropolitana de Porto Alegre (RS).
Sul
A frente fria se dissipa, mas as nuvens carregadas seguem espalhadas no Rio Grande do Sul, com previsão de chuva a qualquer hora do dia, baixos volumes acumulados e menor potencial para queda de granizo, mas não se descartam as ocorrências de rajadas de vento, principalmente, nas faixas sul e leste do estado.
Chove fraco também no sudeste de Santa Catarina. Já nas demais áreas do estado e no Paraná não chove e as temperaturas vão continuar elevadas. A umidade relativa do ar fica abaixo dos 30% no norte do Paraná.
Sudeste
O tempo segue firme no Sudeste. Em todas as áreas da região o sol predomina e as temperaturas sobem rapidamente. O alerta para baixos índices de umidade relativa do ar continua na metade oeste dos estados de São Paulo e de Minas Gerais. As temperaturas ficam bastante elevadas nestas áreas, o que mantém a sensação de calor e de tempo abafado.
Centro-Oeste
A atuação de uma massa de ar seco no interior do Brasil dificulta a formação das nuvens carregadas e o sol predomina ao longo do dia. As temperaturas sobem rapidamente e aumenta a sensação de tempo abafado e calor na parte da tarde. Será mais um dia com baixa umidade relativa do ar na maior parte da região.
Nordeste
O sol predomina na maior parte do Nordeste. Chove em forma de pancada alternada com períodos de melhoria no noroeste do Maranhão. Já entre o nordeste da Bahia e a Paraíba o tempo fica um pouco mais fechado e com chuva a qualquer momento, mas sem grande intensidade. Mesmo com o tempo fechado, as temperaturas sobem e a sensação é de abafamento. Nas áreas onde o sol predomina, a umidade do ar fica baixa.
Norte
O sol predomina e não tem previsão de chuva do Tocantins ao sudeste do Acre. Nas demais regiões nuvens carregadas se formam ao longo do dia e tem condição para pancadas de chuva em pontos isolados e acompanhados por descargas elétricas, mas sem grandes acumulados.