Dos oitos itens que estavam na pauta de análise para liberação comercial, três foram aprovados pela Comissão Técnica da CTNBio. O algodão Glytol da Bayer é tolerante ao glifosato e é a sétima semente transgênica da cultura com autorização para comercialização no país. O milho MON88017 da Monsanto combina resistência a insetos e tolerância ao glifosato. Também teve parecer positivo o cruzamento de três tipos de milho transgênico, que originou uma semente resistente a lagartas e com tolerância ao glifosato e glofosinato. A pesquisa é uma parceria entre a Monsanto e a Dow AgroSciences.
? Foram aprovados milhos que têm mais de um gene. Nós estamos seguindo a tendência mundial de começarmos a agregar mais de um gene transgênico na mesma planta ? explica o presidente da CTNBio, Edilson Paiva.
? Essas três aprovações de hoje [quinta, dia 16] dão uma alternativa de tecnologia de ponta para o agricultor brasileiro para que ele possa ter competitividade no mercado externo ? avalia a diretora executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, Alda Lerayer.
A próxima reunião da CTNBio será em fevereiro. Para 2011, uma das análises mais esperadas envolve uma produção 100% nacional.
? Nós estamos analisando no ano que vem o primeiro transgênico verde-amarelo, produzido pela Embrapa. É um feijão resistente a viroses e isso coloca o país em um outro patamar. Será um dos poucos países do mundo capazes de desenvolver suas próprias culturas transgênicas ? conclui Paiva.
A Monsanto informou que ainda não sabe estimar quando as novas sementes estarão disponíveis no mercado. Já a Bayer espera disponibilizar o produto aos agricultores em 2012.