? Os fatos falam por si ? disse o chanceler.
? Como resultado, há a vergonha de reconhecer que o número de pessoas vivendo na pobreza extrema cresceu em 36 milhões, de 1990 a 2005, e o número de pessoas com fome no mundo aumentou em 842 milhões, no período entre 1990 e 1992. Pelo menos 2 milhões de pessoas sofrem de deficiências nutricionais ? afirmou.
Segundo o ministro, é necessário reagir e cobrar ações da comunidade internacional.
? Perguntamos, então, o que estamos fazendo em termos de cooperação internacional? ? reagiu.
? Estamos discutindo metas de desenvolvimento, mas devido à falta de vontade política dos países desenvolvidos não se pode sequer chegar a compromissos substanciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que ameaçam o clima de equilíbrio do planeta e que são a ameaça mais abrangente para a sobrevivência da nossa espécie.
Repetindo o discurso recente do ex-presidente Fidel Castro, que reitera a preocupação com uma eventual guerra nuclear, Parrilla mencionou o caso do Irã.
? Que esperança podemos ter para atingir as metas até 2015 (como está fixado pelas Nações Unidas sobre vários temas) se, como Fidel Castro alerta, aumentam as referências à possibilidade de agressão militar contra o Irã, podendo causar milhares de mortes e afetar bilhões de pessoas, agravando a fome e a pobreza no mundo?.
Para o chanceler, os países mais desenvolvidos não estão empenhados o suficiente para atingir as chamadas Metas do Milênio no combate à pobreza, fome, emissão de gases de efeito estufa, entre outros temas.
? Temos uma uma convicção profunda de que a espécie humana para sobreviver terá de construir uma nova ordem internacional política e econômica, baseada em princípios de solidariedade, justiça social, equidade e respeito pelos direitos dos povos e de cada ser humano. Ainda é possível fazer combinando vontades ? disse Parrilla.