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Cultivo de oliveiras dispara no Rio Grande do Sul

Nos últimos 11 anos, o número de hectares subiu de 100 para 2,1 mil

Fonte: Divulgação/Pixabay

Uma atividade rentável e promissora tem crescido no Rio Grande do Sul: o cultivo de oliveiras. A área plantada cresceu 2.000% na última década. E quem investe diz que o retorno é garantido. 

A oliva conquista mais espaço a cada safra e com potencial de rentabilidade atrativa. A área dedicada ao cultivo ainda é tímida, mas cada vez maior. Em 2005, eram apenas 100 hectares. Hoje, são 2,1 mil hectares.

“Temos crescido em uma média de 400 hectares por ano. Tem sido uma expansão muito grande aqui no Rio Grande do Sul porque basicamente nós temos mercado para azeite. Toda a produção de azeite gaúcha está sendo fabricada e vendida a preços bons”, afirma o Coordenador da Câmara Setorial das Oliveiras, Paulo Lipp. 

O produtor Tales Altoé começou a plantar em 2007. A cultura era apenas uma aposta, mas tudo saiu muito melhor do que o planejado.  “Passados 10 anos é uma certeza. Temos azeites gaúchos em universidades participando de concursos na Europa. Temos recebido delegações do mundo inteiro, que nos visitando. Todo mundo se surpreende com a qualidade do azeite”, diz. 

Cada árvore rende em média 40 kg de fruta, mas é preciso paciência já que a planta leva dez anos para ter grande produtividade. 
“Hoje o foco é produzir para vender dentro do Brasil. Até para poder substituir um pouco o grande volume que o Brasil gasta importando. Se conseguimos substituir 20% em 10 anos já seria R$ 150 milhões que ficariam aqui para os produtores nacionais”, afirma Lipp. 

A Secretaria de Agricultura trabalha para que a cultura não retroceda, como aconteceu nos anos 60. A preocupação imediata é estimular e manter o plantio. 

“Temos que conhecer mais do comportamento da oliveira aqui no Brasil e no Rio Grande do Sul. Temos que ter mais assistência técnica, mais gente capacitada no campo para orientar o produtor. No âmbito da legislação nós precisamos também adequar produtos, defensivos agrícolas, registros. Mas o futuro é promissor. 

Recentemente, o estado assinou a portaria de zoneamento agroclimático da olivicultura. O documento dá direito ao produtor contratar o seguro Proagro e fazer o financiamento de custeio. 

“Em 12 horas tivemos quatro eventos de granizo na propriedade e isso acabou com a safra. Se já estivéssemos com o zoneamento funcionando, as empresas de seguro agrícola já teriam alguma coisa. No meu caso, não perderia toda a safra, só uma parcela”, completa Tales. 

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