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Cultivo de urucum e açafrão é alternativa de renda no Ceará

Região do Maciço de Baturité produz corantes naturaisO Ceará, mais precisamente o Maciço de Baturité, região serrana a 120 quilômetros de Fortaleza, começa a se preparar para ser um centro produtor de duas especiarias valorizadas tanto na culinária quanto na indústria: o urucum e o açafrão.

Um projeto do Sebrae no Ceará, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, a Embrapa, o Senar, a Federação da Agriculutra e Pecuária, o governo do estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará e as prefeituras da região, está atento para a importância econômica das duas culturas.

Municípios como Mulungu, Palmácia, Aratuba, Pacoti, Baturité, Capistrano, Redenção e Aracoiaba, que já produzem ou pensavam em investir na produção de urucum, estão se organizando para realizar ações conjuntas com foco, também, no cultivo do açafrão, o que pode transformar a região num celeiro de corantes naturais.

No caso do urucum, que tem o nome científico de Bixa orellana L, a meta do projeto é ampliar de 271 hectares para 670 hectares a área plantada, o que vai fazer a produção anual saltar de 185 toneladas para 837,5 toneladas, elevando a receita líquida de R$ 1.625,00 para R$ 2.165,00 por hectare.

O corante do urucum é importante para a indústria alimentícia porque dá cor à manteiga, à margarina, à maionese, aos molhos, à mostarda, às salsichas, à sopa, aos sucos, aos sorvetes, aos produtos de panificação, ao macarrão e ao queijo. Também é usado como pigmento nas indústrias de medicamentos e cosméticos, além de colorir tecidos na indústria têxtil.

No Ceará, em 2005, a área plantada foi de 341 hectares e sua produção chegou a 215 toneladas/ano. Desse total, 271 hectares foram plantados na região do Maciço de Baturité, o que rendeu R$ 672 mil. A cultura é explorada na região por centenas de pequenos produtores da agricultura familiar, que plantam, em média, de meio a dois hectares e comercializam a produção com atravessadores que a repassa para as indústrias processadoras ou fabricam artesanalmente o coloral, condimento bastante utilizado na culinária do Estado.

O projeto formatado pelo Sebrae no Ceará objetiva elevar a renda e melhorar a vida dos produtores envolvidos na cultura, ao mesmo tempo em que incentiva o cultivo do açafrão. O açafrão, que tem o nome científico de Crocus sativus, tem sabor intenso e forte, aparece principalmente na culinária árabe, do Mediterrâneo e na cozinha asiática. A sua função mais comum é dar a cor amarela ao arroz, combinando muito bem com peixe e marisco, sendo ingrediente chave da paella espanhola.

Tanto o açafrão quanto o urucum passaram a ter importância relevante por três motivos: a possibilidade de inclusão social, questões ambientais e de saúde, por serem corantes naturais e econômicos devido à demanda tanto interna quanto externa por ingredientes politicamente corretos.

Para viabilizar o projeto dos corantes naturais, o escritório do Sebrae no Ceará em Baturité realizou uma reunião com os secretários de agricultura dos municípios envolvidos, procurando sensibilizá-los para a importância estratégica das duas culturas. Segundo o articulador regional do Sebrae/CE, Everaldo Menezes, “a idéia é procurar estimular a organização dos produtores, melhorar as técnicas de cultivo e os aspectos gerenciais da exploração, além de desenvolver e aprimorar as agroindústrias, através da prospecção de mercado consumidor interno e externo para os produtos derivados dos cultivos”, ressalta.

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