Um projeto do Sebrae no Ceará, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, a Embrapa, o Senar, a Federação da Agricultura e Pecuária, o Governo do Estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará e as prefeituras da região, está atento para a importância econômica das duas culturas. Municípios como Mulungu, Palmácia, Aratuba, Pacoti, Baturité, Capistrano, Redenção e Aracoiaba, que já produzem ou pensavam em investir na produção de urucum, estão se organizando para realizar ações conjuntas com foco, também, no cultivo do açafrão, o que pode transformar a região num celeiro de corantes naturais.
No caso do urucum, que tem o nome científico de Bixa orellana L, a meta do projeto é ampliar de 271 hectares para 670 hectares a área plantada, o que vai fazer a produção anual saltar de 185 toneladas para 837,5 toneladas, elevando a receita líquida de R$ 1.625,00 para R$ 2.165,00 por hectare.
O corante do urucum é importante para a indústria alimentícia porque dá cor à manteiga, à margarina, à maionese, aos molhos, à mostarda, às salsichas, à sopa, aos sucos, aos sorvetes, aos produtos de panificação, ao macarrão e ao queijo. Também é usado como pigmento nas indústrias de medicamentos e cosméticos, além de colorir tecidos na indústria têxtil.
O açafrão, que tem o nome científico de Crocus sativus, tem sabor intenso e forte, aparece principalmente na culinária árabe, do Mediterrâneo e na cozinha asiática. A sua função mais comum é dar a cor amarela ao arroz, combinando muito bem com peixe e marisco, sendo ingrediente chave da paella espanhola.