Entre os itens que compõem os gastos para a implantação das lavouras, os que mais baratearam foram os inseticidas e herbicidas. Veja lista completa:
Roberta Silveira, de São Paulo
O custo de produção da soja está em queda. Uma das razões é o recuo do dólar, que precifica boa parte dos fertilizantes e defensivos importados pelo país. Ainda assim, as revendas dizem que os negócios seguem lentos e projetam uma safra com menor investimento.
O índice de inflação dos custos de produção, calculado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul registrou baixa de 0,22%, em julho. Consequência da queda do dólar e, principalmente, do preço dos agroquímicos. No acumulado do ano, a deflação é de quase 5%.
Em Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) também registrou queda no custo de produção. Para a safra de soja 2017/2018, a entidade estima um custo com insumos e mão de obra em torno de R$ 1.850 por hectare, 15% menor que o valor registrado no ano passado.
Além do câmbio, a queda nos preços dos inseticidas, herbicidas e fungicidas ajudou nesta conta. Os dois primeiros registraram queda de 19% e 18% respectivamente. Já os produtos para combater fungos estão 12% mais baratos nesta temporada. Por fim, as sementes que estavam mais caras, baratearam 8% em julho.
Apesar destes recuos, as empresas revendedoras de insumos garantem que os negócios seguem muito lentos. “Realmente notamos que as vendas estão acontecendo de forma mais lenta nesta safra. Tanto soja quanto milho, que as são as duas principais culturas que trabalhamos com sementes. Indo um pouco mais para outros insumos que são usados, os agroquímicos e fertilizantes todos têm um atraso na decisão de compra do agricultor”, diz Carlos Hentschke, diretor de operações integradas América Latina, da DuPont.