Mesmo com um recuo na variação mensal de 0,74%, o custo operacional efetivo (COE) para o milho segunda safra 2023/24 segue superior ao verificado na temporada que acaba de ser colhida em Mato Grosso. Para semear um hectare no ciclo futuro as estimativas apontam um desembolso de R$ 4.588,18.
O COE envolve o custeio, no qual fazem parte as sementes, fertilizantes, corretivos e defensivos, além operações mecanizadas, mão de obra, manutenção, impostos e taxas, entre outros.
Em junho o COE em Mato Grosso para a safra 2023/24 de milho estava cotado em R$ 4.622,28, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A safra 2022/23 teve seu custo operacional efetivo consolidada em R$ 4.420,28.
Segundo o relatório, o custeio em julho de 2023 ficou cotado em R$ 3.368,08 por hectare, queda de 0,70% ante os R$ 3.391,82 de junho, porém ainda acima dos R$ 3,320,97 do ciclo 2022/23.
“Esse declínio foi impulsionado pela diminuição no custo com operações mecanizadas, defensivos e fertilizantes de 3,00%, 0,88% e 0,87%, respectivamente. Dessa forma, com o ajuste no custeio, aliado ao recuo nas despesas com arrendamento, o custo operacional efetivo (COE) ficou em R$ 4.588,18 por hectare, 0,74% a menos que em junho”.
Saca de milho abaixo do ponto de equilíbrio
De acordo com o Imea, a saca de 60 quilos de milho em julho no estado registrou desvalorização de 0,89 e finalizou o mês na média de R$ 31,22. Para cobrir o COE o produtor rural precisa negociar seu cereal a pelo R$ 40,42 a saca, ou seja, o valor médio registrado em julho está 22,76% abaixo do necessário.
“Com as despesas maiores que as cotações no estado, as incertezas aumentam em relação a novos investimentos para o próximo ciclo”, ressalta o Imea.
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