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Custo de produção em Goiás sobe 15% em relação à última safra de soja

A necessidade de utilizar mais defensivos e o aumento no frete são alguns dos fatores

Fernanda Farias | Silvânia (GO)

 

Os produtores de soja de Goiás estão preocupados com o custo de produção, que aumentou 15% em relação à última safra. O maior uso de defensivos químicos nas lavouras é o principal responsável. Esse foi o tema de mais uma reportagem do Projeto Soja Brasil.

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Em algumas lavouras, o número de aplicações de defensivos dobrou para combater as lagartas, como a Helicoverpa armigera e a falsa medideira, além do mofo branco, um fungo característico das regiões mais altas de Goiás. E como o preço do defensivo está 8% mais caro em relação à última safra, este é um dos itens que mais pesam no custo final de produção.

– Tivemos um incremento de custo, principalmente em defensivos, coisa de 15% ou até mais, dependendo de alguns produtos. Nós não temos como fugir disso. Essa é uma região alta, a mais de mil metros. A gente faz duas aplicações para mofo branco, sendo que cada aplicação sai duas sacas por hectare – explica o agricultor Eduardo Veras.

O mês de julho está encerrando com 15% de aumento no custo de produção da soja. É o que aponta o levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Com o milho, o custo cresceu 6,5%. O que mais preocupa são os insumos, como sementes e defensivos químicos.

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No Estado, são 2.600 hectares de soja. O custo de produção está em torno de R$35,00 a saca, que é vendida a preços entre R$50,00 e R$53,00. A produtividade média é de 47 sacas por hectare. Ainda de acordo com o levantamento da Faeg, o frete da propriedade para o armazém subiu 20% e a tendência é de mais aumento na próxima safra.

– Aumentou o custo de produção e do frete. Há uma perspectiva de preços menores, nós vemos que a faixa de rentabilidade estará mais estreita este ano. Quando se fala de custo, o produtor tem que investir, não tem jeito. Se o produtor trabalha com alta produtividade, então vai ter que ter investimento. É importante tentar estabelecer um pacote tecnológico que se adeque à produtividade esperada para que ele consiga trabalhar o preço, comercializando em bons momentos – reforça o consultor técnico da Faeg Cristiano Palavro.

Assista a reportagem:

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