Custo de produção sobe no Rio Grande do Sul, mas preço elevado da soja compensa isso

A Farsul é uma das primeiras entidades estaduais a confirmar o aumento real dos custos de produção no país, após a nova tabela do frete e elevação do câmbio

A atenção dos produtores de soja está voltada para os custos de produção, parte por conta do câmbio elevado, que encarece os insumos, e parte por conta da nova tabela de fretes. Segundo levantamento da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) subiu 7,12% no primeiro semestre deste ano. Para compensar, elevação dos preços recebidos pelos produtores é ainda maior.

A entidade aponta que a principal razão para o aumento dos custos foi o aumento dos preços dos fertilizantes, refletindo a valorização da taxa de câmbio. Outro fator que contribuiu para os maiores custos foi a implantação da tabela de frete pelo governo federal, que pesou no bolso do produtor.

1º Fórum Soja Brasil – Safra 2018/2019

Em ambos os casos, o resultado também é consequência da taxa de câmbio que afeta os valores dos fertilizantes junto com o preço do diesel. Só no mês de junho a alta no IIPC foi de quase 4%, em comparação ao mês anterior.

Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelo Produtor (IIPR), registrou valorização de 11,64% no acumulado deste ano. No mês de junho, no entanto, o resultado foi negativo, queda de 3,29% em relação a maio. A redução de 6% no preço da soja foi a principal responsável pela retração.

Na comparação com o IPCA, apesar de ambos aumentarem, o IICP apresenta elevação maior, 9,16% contra 4,39%. Já em relação aos preços, novamente fica demonstrado não existir uma relação direta entre o preço no campo e nas prateleiras em curto prazo. Enquanto o IIPR está em trajetória de alta desde março, o IPCA Alimentos registrou aumento no último mês após período de alguns meses de queda.

Veja mais notícias sobre soja