– O aumento do custo da produção deve girar em torno de R$ 2,80 mil a R$ 3 mil por hectare, devido principalmente, a alta do dólar, que eleva o custo dos insumos, disse Lucas José Brame, vice-presidente da CAP-Jr.
Brame também destaca o atraso na liberação do crédito rural para a nova safra, que levou a uma queda na comercialização de insumos quando comparada ao mesmo período do ano passado.
Segundo informações do diretor da Sociedade Nacional de Agricultura publicada pelo Centro de Inteligência da Soja, esse atraso trouxe um impacto financeiro em torno de R$ 1 bilhão e os produtores terão que desembolsar grande parte dos recursos próprios para implantação da nova safra.
Internacional
O preço da soja brasileira sofre uma forte influencia das cotações internais.
– O mercado internacional da soja registra boas altas nos pregões da Bolsa de Chicago influenciado pelo excesso de chuva nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos, sendo que a chegada da tempestade tropical Bill ao Texas e a previsão de seu avanço para os estados mais centrais do Corn Belt, motiva o mercado a novas altas.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) as lavoura de soja devem sofrer um corte 2% em boas condições no país e já defende a hipótese de uma redução de produtividade em alguns estados de importância na produção.
Os preços da soja subiram de forma significativa nos principais terminais de exportação do país, com ganhos de até 2,88% nesta quarta, dia 17, com cotação de R$ 69,17 no porto de Paranaguá para contratos em julho.
– Contudo o cenário futuro ainda tende a preços pressionados, pois, caso os problemas climáticos sejam revertidos as perspectivas para a safra americana são boas. Caso isso ocorra, os sojicultores vão estar dependentes do comportamento do dólar para compensar perdas ocasionais, afirmou Brame.