A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) apresentou uma atualização dos dados dos custos de produção da safra de soja 2019/2020. Em relação à primeira estimativa, de junho, ocorreu um aumento de custo total da soja de 2,5% e de 2,2% no desembolso.
O custo para cultivar o grão ficou estimado em R$ 3,473 mil por hectare (3,6 mil quilos de produtividade considerada), sendo que o custo médio por saco de 60 quilos ficou em R$ 57,88.
Comparando os custos de produção com os preços ofertados no mercado, o valor é menor 1,33%, com o preço ao produtor praticamente no mesmo patamar de 2018 se comparado com os preços de outubro de 2019.
Apesar do aumento de custo, que vai impactar no resultado para os produtores, o resultado esperado é uma margem positiva de R$ 1.019,80 por hectare no caso da soja.
O estudo da FecoAgro/RS indica que do início do plantio até a colheita muitas mudanças conjunturais podem acontecer em termos de clima, cambio, tamanho da safra, oscilação das cotações no mercado, questões econômicas e políticas.
“Os produtores precisam ficar atentos às oportunidades de mercado, no controle de custo, nos contratos futuros que, em muitas vezes, tem indicativo de viés de preços mais elevados que no período de plantio da lavoura e formação do custo”, diz a Fecoagro.
Segundo o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, o custo de produção subiu um pouco últimos 60 dias, mas, em compensação, a rentabilidade registrou leve aumento porque os valores, principalmente os preços futuros da soja aumentaram.
“Existem contratos para o produtor a preços melhores do que aqueles que estavam sendo praticados da última vez que divulgamos esta análise. No milho foi a mesma coisa”, diz Pires.
O presidente reforça que o plantio da cultura já iniciou nesta semana, como foi previsto pelas cooperativas agropecuárias.
“Fim de semana choveu e na semana passada tivemos chuvas bastante expressivas no Rio Grande do Sul e agora se iniciou o plantio dessa importante cultura”, destaca.