Apesar do aumento dos custos, em nenhuma das duas regiões a atividade deixou de ser rentável graças aos ganhos da produtividade, que têm se mostrado positivos no médio prazo, e os preços elevados do tomate.
Em Mogi Guaçu, entre 2008 e 2015, os custos por hectare aumentaram 70% em termos nominais e 14% em termos reais (valores atualizados pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna de abril/2015).
O ganho com produtividade em Mogi Guaçu foi de 33% nos últimos oito anos e passou de 3,3 mil caixas por hectare para 4,4 mil caixas. Em termos nominais, portanto, o custo unitário (R$/Caixa) teve reajuste de 27,5% entre 2008 e 2015, mas em valores reais tornou-se 15% menor.
Em Caçador, a pesquisa também apresentou um custo médio maior, de 11% na temporada entre 2014/2015 em relação à temporada 2010/2011. Na mesma base de comparação, a produtividade aumentou em 4%, não sendo suficiente para compensar o encarecimento da produção.
IMPACTOS
Em Mogi Guaçu, a pesquisa apontou que os gastos de mão de obra foram o principal vilão do aumento de custos da produção. Além do aumento do salário mínimo na temporada de 2014, os produtores passaram a adotar outro sistema de bonificação devido à alta concorrência por trabalhadores na região. Agora, os trabalhadores recebem bônus mesmo se a produção da temporada for deficitária.
No caso de Caçador, além da mão de obra, a alta do dólar impactou nos gastos, principalmente pelo encarecimento dos defensivos e fertilizantes, além dos preços do óleo diesel, que também foram corrigidos.