Divulgado em quatro trimestres pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio costuma sofrer os efeitos da safra em sua sazonalidade. No resultado atual, o café puxou o indicador para baixo com a bienalidade negativa, que traz uma retração expressiva na produção.
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“Estamos falando do segundo trimestre, que vai de abril a junho. Nesse período, estávamos vivendo um agravamento muito forte de uma série de fatores na nossa economia. O agronegócio teve, principalmente, a bianualidade negativa do café”, reforça Daoud.
“O PIB agropecuário não vai crescer neste ano, vai ficar próximo de zero ou até negativo, em função das perdas que nós tivemos agora, no café, na cana e no milho”, prevê o comentarista. “A agropecuária começa a não ter um peso positivo no PIB”, afirma ele.
Daoud observa que os resultados do setor petrolífero compensaram as quedas do agronegócio. “O que falta é investimento, e investimento depende de credibilidade, e credibilidade depende dos outros países acreditarem no Brasil, o que não está acontecendo”, acrescenta.
“Todos nossos problemas de orçamento seriam superados se tivéssemos uma atividade econômica em crescimento, cujo PIB é um reflexo (no momento, da situação delicada em que se encontra o país)”, afirma Daoud.