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Datagro prevê produção menor e preços maiores para a safra de cana 2014/2015

Moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul deve ser de 574,6 milhões de toneladas, quase 4% a menos que na safra anteriorO presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari divulgou nesta segunda, dia 24, durante o Global Agribusiness Forum (GAF), que revisou sua previsão de moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país para 574,6 milhões de toneladas, abaixo das 596,16 milhões de toneladas de 2013/2014. Segundo Nastari, a previsão para esta safra é de menor produção no Brasil, mas preços maiores. Nos últimos dias, o mercado mundial reagiu à previsão de menor produção brasileira por conta da estiagem no Sul e Sud

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A produção de açúcar total recuperável (ATR) deverá ser de 75,27 milhões de toneladas. Para o açúcar, a previsão é de 33,2 milhões de toneladas, acima da previsão anterior divulgada em fevereiro, que estava em 32,5 milhões de toneladas, mas abaixo das 34,28 milhões de toneladas verificadas em 2013/2014. A produção de etanol deve ser de 27,63 bilhões de litros, acima dos 25 bilhões de litros da safra anterior. Deste total, deverão ser 11,6 bilhões de litros de anidro e 12,02 bilhões de litros de hidratado. O mix de produção está calculado em 53,7% para etanol e 46,3% para o açúcar.

Exportações

A Datagro agora projeta um excedente exportável do Centro-Sul de 23,5 milhões de toneladas de açúcar em 2014/2015, ante 24,63 milhões de toneladas em 2013/2014. Já em relação ao etanol, as exportações da região podem chegar a 1,7 bilhão de litros no período, ante 2,65 bilhões de litros em 2013/2014.

As exportações brasileiras do biocombustível devem somar 1,78 bilhão de litros em 2014/2015, bem abaixo dos 2,73 bilhões de litros em 2013/2014, de acordo com o presidente da consultoria. A Datagro reiterou a estimativa de um deficit mundial de açúcar de 1,6 milhão de toneladas para 2014/2015, ante superávit de 2,66 milhões de toneladas em 2013/2014.

Preços do açúcar

Plinio Nastari afirmou que os preços internacionais do açúcar devem seguir firmes em 2014 por causa dos problemas climáticos no Brasil e em outros países produtores, mas alertou que as margens de lucro da indústria continuarão sendo insuficientes para estimular novos investimentos no setor.

– Os preços ainda não remuneram o capital investido nem permitem redução do nível de endividamento das usinas – disse Nastari. 

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