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SEMEADURA NO SUDESTE

De estratégias à espera por chuvas volumosas em MG: como está o plantio da soja?

Situação hídrica preocupa os produtores do grão, que aguardam chuvas volumosas

Plantio de soja atrasado em Mato Grosso Foto Aprosoja-MT
Foto: Aprosoja-MT

O plantio da soja em Minas Gerais está liberado desde o dia 30 de setembro, mas os produtores ainda enfrentam uma série de desafios relacionados à semeadura. Luiz Carlos Saad, vice-presidente da Aprosoja Minas Gerais, alerta para a gravidade da situação hídrica no estado. “Desde março, o estado enfrenta uma estiagem severa, com uma deficiência hídrica que afetou drasticamente a produção da safrinha”, detalha.

Saad observa que, embora a irrigação tenha sido uma alternativa para alguns, ela se mostrou limitada devido à falta de chuvas, comprometendo a recomposição hídrica necessária para o cultivo. As previsões meteorológicas para outubro não são otimistas, indicando chuvas entre 6 e 20 milímetros, um volume insuficiente para o início do plantio.

“Para um plantio adequado, seriam necessários pelo menos 100 milímetros de chuvas na região. As lavouras irrigadas, que normalmente são plantadas antecipadamente, ainda não estão em condições de receber as sementes”, explica Saad. Essa situação leva muitos produtores a questionar se poderão iniciar a semeadura no prazo ideal.

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Tempo seco e altas temperaturas

Tempo seco. Foto: Pixabay

Outro fator preocupante é o impacto das queimadas no Cerrado, que danificaram a palhada, essencial para a conservação do solo e a produtividade das lavouras. Essas queimadas, resultantes da seca, forçaram muitos agricultores a repensar suas estratégias de plantio, gerando custos adicionais para a recuperação do solo. A perda da palhada compromete a fertilidade e a saúde do solo, o que pode afetar a produção nas próximas safras.

Saad destaca que as altas temperaturas, que chegam a 40 graus, dificultam ainda mais a recuperação hídrica. A combinação de calor extremo e escassez de água torna a situação crítica, com rios secando e o aquífero Guarani sob pressão. Ele ressalta que os produtores não são responsáveis pelas queimadas; o prejuízo recai sobre eles, e a interpretação equivocada dos decretos governamentais agrava ainda mais o problema.

Apesar dos desafios, ele confia na resiliência dos produtores. ”Com o mês avançando, eles aguardam mudanças climáticas que tragam alívio e possibilitem um plantio bem-sucedido. O clima permanece como o principal fator para o futuro da safra de soja, e todos esperam que as chuvas cheguem no momento certo para garantir uma boa colheita”, finaliza.

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